quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Depressão na gravidez - um perigo para mãe e filho


O estado depressivo e o stress libera alguns hormônios. Esses hormônios podem aumentar a probabilidade do nascimento de prematuros, de atrasos no desenvolvimento infantil e anormalidades comportamentais nas crianças. As anormalidades de desenvolvimento e de comportamento nos filhos poderiam ocorrer devido a sensibilidade do cérebro fetal à esses hormônios maternos aumentados pelo estresse, assim como à ação danosa no cérebro do feto pelos glicocorticóides e neurotransmissores envolvidos pelas grandes tensões emocionais da mãe.
São cada vez mais claras e inequívocas as pesquisas sobre os efeitos danosos da depressão da mãe durante a gestação sobre as futuras funções maternas no momento do parto e no período neonatal. A começar pela maior incidência de necessidade de analgesia em pacientes previamente deprimidas. Chung (2001) mostrou que as mulheres que tiveram níveis elevados de sintomas depressivos durante o terceiro trimestre, mais provavelmente necessitavam de anestesia peridural e maior incidência de partos cirúrgicos.

Chung viu ainda que as crianças dessas mães deprimidas, eram também mais prováveis de admissões em unidades de cuidados intensivos de recém nascidos. Tais resultados sugerem um possível relacionamento causal entre alterações psicológicas maternais na gestação e pré-parto, e complicações obstétricas e neonatais.

Por outro lado, também de acordo com a tal “sabedoria popular” e interpretações psicodinâmicas, tem procedência científica o tão propalado “espírito materno”, que se abate sobre gestantes de modo geral, tal qual um sopro mágico. Ocorrem no cérebro, grandes alterações no metabolismo, secreção e sensibilidade de receptores de ocitocina, um neurotransmissor elaborado inicialmente pela hipófise.

Essa ocitocina de liberação central (no Sistema Nervoso Central) é o elemento bioquímico atualmente mais relacionado à expressão e comportamento maternal (Russell, 2001). Isso ocorre, diga-se de passagem, nos ser humano e nos animais, os quais parecem também ser envolvidos pelo espírito mágico da maternidade. Outras mudanças nos diversos sistemas neuroendócrinos estão igualmente ligadas à lactação, à supressão da ovulação, ao apetite aumentado, e demais modificações gravídicas.

Assim sendo, considerando verdadeira a sensata hipótese de Monk, a preocupação em diagnosticarmos se a Depressão que apresenta uma mulher seria um caso de Tristeza Materna ou de Depressão Pós-Parto (veja artigo), pensando nesses diagnósticos como se tratassem de doenças psiquiátricas diferentes, vamos entender a questão como sendo transtornos depressivos tradicionais, de graus variados (leve, moderado ou grave) com a única diferença de terem sido oportunistas e comórbidos com a gravidez. Portanto, o correto seria considerar o quadro como Depressão na Gravidez e não da gravidez.

4 comentários:

Sabrina Dantas Rodrigues disse...

Oi Adriana, acabei de conhecer seu blog através do Blog da Neinha.
Vamos te seguir, ok?
Passa lá no nosso cantinho também.
http://sabrinapedroebebe.blogspot.com

Parabéns pelas 22 semanas de gravidez !
Beijos pra vc e Miguel!

Adriana Bandeira disse...

Obrigada, Sabrina! Eu também passei lá no seu cantinho e te sigo!!!! Beijos!

Anônimo disse...

o que devo fazer to com 22 semanas de gravidez....n sinto vontade de fazer nada,to triste;n consigo comer quase nada.na verdade minha nem to fazendo pre-natal.

Anônimo disse...

minha vida acabou...já tive vontade de comer suicidio....to gravida de homem casado.que agora me trata como se eu fosse lixo.queria tirar esse bebe....odeio minha vida.as vezes penso que seria melhor eu morrer quando ele nascesse.