sábado, 21 de dezembro de 2013

Falando sobre o parto

Oi, gente! Continuando a nossa prosa... Eu confesso que mesmo querendo um parto normal, muitas vezes me questionei se valeria a pena. Meu maior medo, acreditem, era o de ficar ali toda exposta. Nunca ouvi tanto a frase: "tira a calcinha" em toda a minha vida, nem em 10 anos de casamento, ahahahah. Se pelo menos ligassem no dia seguinte! Mas a dor que eu sentia era tanta que eu nem me importava mais com pudores, estava ali pra isso e assim seria. Amanhã nem lembrarão mais do meu rosto, que aliás, foi a última coisa que olharam né?
Voltando ao assunto do banho, quero dizer que no segundo dia, tomei banho frio. É, chuveiro quebrado, senhores e senhoras. Coisas do SUS! 
E voltando ao assunto do parto, posso afirmar que se você mulher, for ponta firme e puder, vá de normal. Não caia nessa de cesárea não ter dor. Tem sim. O pós parto é de lascar. sem falar né, é cirurgia de médio porte, não deve ser banalizada!
Mas normal também não é tudo aquilo de lindo que pintam, pelo menos não o meu, que fiz uma episio no final pro médico introduzir o fórceps (eu perdi as forças nos momentos finais por não suportar o peso da enfermeira sobre a minha barriga). Nos dias em que fiquei internada, os pontos mal doeram. Eu me sentia a própria mulher-maravilha, queria sair pulando e dançando, mas a coisa ficou russa quando cheguei em casa e dei de cara com a rotina. Apesar de tentar guardar o descanso necessário, não é igual ao hospital. É roupa pra lavar, sua, dos filhos, do marido, é gato pedindo comida, é bebê pra ser trocado. Aí os pontos começaram a querer abrir e a inflamar. Soltaram uma aguinha suja, com cheirinho de cruz-credo. E o que fazer? Marido de volta ao trabalho e aquela situação velha conhecida minha de estar sempre no limbo da solidão. Pior ainda, o fio dos pontos entrando na carne novamente, espetando até a alma. E nesse momento meu desejei ardentemente ter feito uma cesárea, aí eu poderia ao menos usar a bunda pra sentar, porque nem isso eu estava fazendo: amamentando em pé, comendo em pé, trocando fraldas ajoelhada. Tomar mais pontos? Voltar ao hospital? O que fazer, Santo Deus? 
Depois de passar a quinta à noite enchendo a bunda de gelo, resolvi me informar e foi aí que descobri uma coisa que eu posso chamar de milagrosa, ou quase isso: um spray de rifocina. Amarelo, cor de iodo, mas quem liga pra isso né? Tá tudo tão preto ali que o amarelo nem aparece.  E me entupindo de rifocina eu consegui amenizar todo aquele desconforto. Já na primeira vez, as feridas melhoraram muito e os indícios de uma inflamação foram sumindo. Continuo bem machucada, mas já posso andar e sentar um pouco. Acredito que em poucos dias esteja tudo em ordem por aqui. 
Tenho uma inveja branca de quem diz que o parto normal foi uma bênção total, porque o meu foi parcial. Talvez por não me resguardar, talvez pela episiotomia. sei lá, não importa mais! O que importa mesmo é que o meu rei está aqui ao meu lado dormindo angelicalmente enquanto escrevo meu relato.


O parto em números
Arthur nasceu no dia 15/12/2013 às 21h05min, com notas de Apgar 10-10, pesando 2570kg e medindo 49cm. Tomei 4 litros de soro comum e 1 litro de soro com ocitocina após o parto para ajudar no retorno do útero.
Levantei-me 6 horas após o parto, fiquei 60 horas sem dormir (até que desisti de contar), tive 7 visitas na maternidade. 

Agradecimentos
Quero deixar meu agradecimento a algumas queridas da maternidade, em especial à copeira e às estagiárias do Senac, bem como sua professora. Tirando algumas enfermeiras (poucas) com cara de bunda suja, não posso reclamar de muita coisa, a não ser o banho gelado e o primeiro plantonista que duvidou do meu relato e quis me mandar pra casa mesmo em trabalho de parto. 

Paz e amor, bródi!!!

Duplinha!

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nasceu Arthur!

Tá surpresa com a notícia?

Aham, agora imagina eu!

Com 36 semanas e 6 dias de gestação, não é que o malandrinho resolveu dar as caras? Pois é, meninão apressado, viu!
Tudo começou, eu acho, no sábado, dia 14. O Miguel havia completado 3 anos no dia 10 e a avó queria fazer uma festinha para entregar o presentão de Niver que comprou - uma moto elétrica.
O comes foi aqui em casa, então precisei entrar na limpeza, pra deixar tudo nos conformes para receber as pessoas.


Essa seria a última foto da minha barriga. 

Depois de tudo, senti meu corpo gritar por socorro, estava estranha, mas considerei ser o cansaço pelo esforço físico e até pelo stress. Fui deitar.
Acordei no domingão com dor em tudo quanto é lugar e uma visão turva, o que me fez ir até a farmácia pedir exame de glicemia e também ver como estava a minha pressão. Tudo normal. Fui ao mercado, senti dores no pé da barriga, mas isso já era tão comum que não dei tanta atenção a isso.
Quando cheguei em casa, iria fazer o almoço, mas uma sequência de dores não deixava. Deitei na minha cama e comecei a amargar o que seria o começo de um calvário de dores horrendas.

No início, pareciam cólicas fortes, do tipo "comi maionese estragada e vou ter um dia de rainha - no trono".
Mas cólicas não são tão cíclicas e tampouco vêm e vão num espaço de tempo tão regrado. Então suspeitei que seriam as famosas contrações. Minhas costas doíam, a barriga doía e endurecia. Pedi pro Flávio cronometrar e... Batata! A cada dez minutos, durando cerca de 40 segundos, a dolorosa vinha e devastava tudo.
10 minutos. 7 minutos. 5 minutos. Comecei a reunir o que faltava para a minha mala: escova de dentes, de cabelo, pó para o rosto (hein?) lápis de olho, desodorante, chinelos, documentos, a pasta com a papelada  do pré-natal, celular, carregador, máquina fotográfica, lembrancinhas que fiz às pressas, entre cada contração (não tive nem tempo de ir atrás das lembrancinhas da maternidade, fiz pequenos saquinhos de jujubas arrematados com fitilhos e as etiquetas). A essa altura do campeonato, as dores eram mais graves e eu já estava feito uma onça, meu mau humor havia atingido níveis perigosos, do tipo "sai de perto ou morre".
Tudo dentro do carro, Miguel inclusive (kkkkkkkk), lá fomos nós deixar a cria na casa da avó e depois, pra maternidade. Flávio retirou a minha ficha no balcão do PS enquuanto eu aguardava no carro, tremendo de dor. Eram 16:30.
Subi logo para a maternidade e o médico plantonista daquela tarde, que chamarei de "Dr. A", me examinou e concluiu que:
- eu não estava tendo contrações (QUÊ? )
- que aquilo não era dor (SE NÃO É DOR, É O QUÊ, SEU ASNO?)
- que nasceria talvez em um ou dois dias (ENTÃO É O NÃO É TRABALHO DE PARTO, CATSO?)
E eu concluí que ele não sabia era NADA a meu respeito.
O pior é que ele me deixou sangrando feito uma leitoa e aí eu comecei a perder o tampão, minhas contrações pioraram ainda mais e eu só tinha 1 dedo de dilatação. Ele ia me mandar pra casa, mas acabou optando por uma cardiotocografia, que mediria minhas contrações. Ao ter em mãos o resultado do exame, resolveu mudar de idéia e me mandar pro quarto para que eu ficasse em observação. Aliás, coincidência ou não, foi o mesmo quarto e o mesmo leito em que fiquei quando o Miguel nasceu, o 326B!

Só sei que fiquei ali deitada na cama tremendo e unhando o colchão a cada contração que vinha. Aí já duravam tanto tempo quanto voltavam, ou seja, 40s a 1 minuto de dor, outro tanto tempo de descanso. Às  19h trocou o plantão e às 20h, me chamaram para novos exames. Eu estava em franco trabalho de parto, com 6 dedos. O médico ao qual chamarei de "Dr.M" me mandou pro centro obstétrico, pediu para que me colocassem a roupa especial, o acesso de soro, que logo ele iria romper a bolsa.
Dali da saleta do médico ao C.O fui de cadeira de roda. Bunda larga, cadeira pequena, aquela dor infernal das contrações e a roda da cadeira roçando a minha busanfa. Xinguei. Perdi a classe, xinguei, eu já não suportava mais.
Fui colocada em uma maca, colheram minhas digitais, botaram soro (era puro, sem ocitocina, perguntei para saber o que estava tomando). Quando o médico chegou, estava em 7 de dilatação. Ele foi buscar os instrumentos para romper a bolsa, quando voltou, já eram 8. Rápido, ele até se assustou. Rompeu a bolsa, virou-se e saiu rapidamente. Então eu dei um berro: "aaaaaaaaaaaaaaaaiiiiii, eu vou cagar na camaaaaaaaa" e veio uma coisa, uma vontade e forcei. Estava tendo o famoso repuxo. Ele foi olhar e exclamou: "uhulll, 10, leva ela rápido pra sala de parto, chama o anestesista, rápido, já vai nascer!"
Saí escorrendo líquido amniótico pelo corredor, fui colocada naquela cama constrangedora, porém sentada. aguardei a picada da anestesia, esperando que fosse tão infernal quanto as que levei no parto do Miguel, mas por minha sorte, o anestesista dessa vez foi aquele considerado "a prata da casa", o mais famoso, o melhor, o mãos de fada. E olha que levei a picada no meio de uma contração, eu estava toda dura.
Fui deitada rapidamente, preparada e novamente a cena se repetiu: "cadê o pai?" Gente, o Flávio tinha sumido! Eu ouvia as enfermeiras dizendo que ele estava muito nervoso momentos antes. Pensei que ele tinha arregado. Eu quase chorando, dizia: "ele não pode fazer isso comigo! Me deixar sozinha aqui não! E a máquina? E as fotos? Liguem no celular dele, pelo amor de Deus!" Mas me disseram que naquele momento, a prioridade eram o bebê e eu. Só que por sorte, logo em seguida ele entrou afobado terminando de se vestir e já se posicionou ao lado da minha cabeça. O Arthur estava começando a passar pro lado de cá. eu sei que gritei forte, porque a enfermeira que auxiliava no momento do parto estava forçando a minha barriga no momento da contração e aquilo me causava dor. eu estava agarrada a uns ferros, mas já não conseguia mais saber se eu estava fazendo a força suficiente. E aquilo doía. Foi aí que o médico anunciou: "Força, a última! Então senti minha barriga murchando e logo uma geleiazinha quente foi colocada sobre meu corpo. Era o Arthur!
Eu só queria conhecer quem era o habitante da minha barriga e do meu coração.

Alívio............................................

Eu só queria saber se ele estava bem, se tinha tudo no lugar. Pedi pra olhar seu rostinho e quando o vi ali, chorei feito uma criança. Aliviada, emocionada, exausta, feliz. Finalmente conhecia meu Tutis.
Me tranquilizaram dizendo que era um garotão saudável, até xixi no médico ele fez! Foi levado à sala de procedimentos, o pai foi junto e eu fiquei ali, feito uma franga de padaria, enquanto removiam a placenta, recebia os primeiros cuidados e a sutura. Esqueci o constrangimento e bati maior papo. Ali, toda exposta. Fazer o que, né? Eles vêem isso a todo momento, eu seria só mais uma. Quando o Flávio voltou, já não era mais permitido que ficasse ali, fiquei sozinha de vez.
Fui passada pra maca, fiquei em observação tomando 2 litros de soro e logo voltei pro quarto, abraçada ao meu embrulho. A cena do parto do Miguel, o corredor, o pacotinho nos braços, tudo voltou à minha cabeça. Vai começar tudo de novo: os cuidados, as visitas ao pediatra, as vacinas, as noites em claro!

Por falar em noites em claro, a minha noite foi longa. Suja, esperando as 6 horas de repouso, excitada com os fatos, morta de fome, não preguei os olhos. Fui pro banho quando o dia já estava pra amanhecer. Fui caminhando, sem problemas, morrendo de medo de arrebentar os pontinhos que ganhei, mas fui de boa. Nem comparar com o primeiro banho pós cesárea!

Amamentando após meu primeiro banho

....

continua num próximo post

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

36 semanas e tudo pronto!

36 semanas

Segunda-feira, dia de aniversário de barriga e de tirar fotinho, claro. Eis a minha bitela de 36 semanas, decorada com a Etelvina - a estria solitária que ganhei dia desses. Barriga pesada, viu? E mexe pra tudo quanto é lado, mas quando eu pego a câmera para filmar o balé, cadê que o Arthur colabora?
E 36 semanas é muito perto, aliás, pode ser a qualquer momento. Espero que o Arthur fique mais uma semana PELO MENOS, que aí poderei respirar aliviada por estar "a termo", ou seja, prontinho. Claro, quanto mais ele resistir, melhor pra ele, que vai crescer e engordar mais um tanto.
Aqui em casa, tudo pronto para sua chegada. O que me afligia era o quartinho, mas da noite pro dia tudo se resolveu e olha aqui o resultado: Miguel ganhou uma cama nova, espaçosa, os móveis foram reposicionados e a sua antiga cama voltou a ser berço novamente. Eu lavei e reformei os kits de berço e almofada de amamentação, tudo está em seu devido lugar.

A caminha do canto esquerdo voltou a ser berço. 
Olha aqui o cantinho do Arthur já montado com todo carinho. 
Agora sim, pode-se dizer que a mamãe passarinha já montou seu ninho. Ainda nesta semana tenho uma consulta com a GO. Que será que ela irá dizer? Ansiosa!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Diário de um desfralde - editado diariamente, claro

Daí que foram várias tentativas frustradas - e frustrantes - de desfraldar o Miguel. Por diversos fatores, do econômico ao emocional, eu bem que tentei mas ao perceber a falta de maturidade dele em aceitar o novo desafio, eu recuei. Sim recuei conforme sites especializados orientam, porque segundo dizem, forçar a situação é pior, gerando ansiedade na criança. Eu também não estava preparada, confesso. E o tempo foi passando, algumas tentativas e nada.

Acontece que ano que vem, Miguel vai pra escolinha e na hora de conhecer a instituição, levamos um tapa na cara, ou melhor, um murro no estômago: não aceitam crianças com fralda. Eu esbravejei, onde já se viu? Isso é discriminação! Não podem forçar a barra. E as crianças que demoram mais para sair das fraldas, ficam de fora da escola? Absurdo!
Naquele mesmo dia, enfezada, tirei a fralda do Miguel e o deixei pelado. Mas o que se sucedeu foi um festival de mijadas e mais mijadas no chão, tapete e onde mais a sua imaginação, querido leitor, mandar. Porque ele mais parecia um cachorrinho mijão do que uma criança. Pedir pra fazer? Ehhhhrrrr, não. Sentar no vaso? Ehhhhrrrrr, não. Nem no penico, nem em lugar nenhum. Liberdade pra mijar sem dó nem piedade é o que tinha pro dia. Eu não suportei meio dia nessa lambança. Além do mais, eu com esse barrigão final de gestação, limpando mijada o dia todo, não iria acabar bem. Desisti mais uma vez. O Flávio viu também que não estava dando certo. E ficou até com pena de mim. Prometeu me ajudar. E ajudou.

O DESFRALDE
1º DIA
Foi ontem, domingão, que ele tirou pela enésima vez, a fraldinha do Miguel. E o acompanhou ao banheiro o dia todo. Como por um milagre, o Miguel fez TODOS os xixizes e ainda um cocô, tudo dentro do vaso. Sem escape, sem xixada em lugar impróprio. Tudo como se ele já soubesse fazer isso há muito tempo. Coisa linda de se ver. Até dormiu sem fralda à tarde, sem fazer caquinha. Só colocamos para sair porque daí já é pedir muito logo no primeiro dia. Sucesso total! Fico agora me perguntando se a tal "maturidade" surgiu assim da noite para o dia ou se simplesmente o Miguel se sentiu mais seguro com o pai. Mistério.

2º DIA
Hoje, segunda-feira e segundo dia do desfralde. Eu encarei tudo sozinha, sem a ajuda do pai, mas nem precisou. Miguel mais uma vez surpreendeu. Mijou o dia inteiro dentro da privada, eu nem preciso dizer a ele que vá ao banheiro. Ele sente vontade, sai de onde estiver e vai fazer o serviço. Rolou até cocô! Vejo muitos relatos de desfralde onde a criança fica com o intestino preso, mas com o Miguel tudo está muito bem!

3º DIA
Depois de dois dias maravilhosos, Miguel resolveu botar um pouco de emoção na coisa. Estava tudo muito perfeitinho para ser verdade, né? Então ele resolveu fazer um xixi no tapete da sala e outro na cueca (eu resolvi botar cuequinha mas ainda não está dando certo). O segundo xixi molhou a cueca, escorreu pelas pernas, molhou o fio do aspirador de pó de o chão do quarto limpinho que eu acabara de limpar. Aquilo me deu uma quentura por dentro, uma raiva, um tudo... enfim, dizem que faz parte. E o cocô nem deu as caras por hoje. Pelo menos não até agora.
Ainda pra piorar, ele deu de ficar potchando a bunda na água do vaso e depois sai pingando pela casa. Ai, que paciência que a gente precisa ter né?
Daqui a pouco a gente bota a fralda noturna e a saga do dia termina.

4º DIA
Hoje, quarta-feira, foi um daqueles dias bacanas novamente. Mais uma vez Miguel se portou como um gentleman e fez seu xixi no banheiro. Todas as vezes, sem escape. E mais: hoje ele usou cuecas! Passou a tarde na casa da avó e fez tudo direitinho. À noite, fez bastante cocô na privada, e embora tenha esfregado merlin na tampa do vaso, ponto pra ele.

5º DIA
Mais um dia bacana no desfralde aqui em casa. Acordou bem cedo e já pediu pra tirar toda a roupa pois queria fazer xixi (vale lembrar que hoje a fralda estava intacta, sem nada de xixi). E lá foi ele todo faceiro mirar a pistola no vaso. Depois, pediu pra vestir uma cueca. Escolheu uma com carro azul e ficou 10 minutinhos, mas já quis novamente ficar peladão. Tudo bem, a cueca era branca mesmo (eita, isso é o fim).
O dia todo fez xixizinho no lugar certo. Mas a vedete da vez foi o cocô que ele fez, depois saiu pela casa com uma bolota pendurada, que liberou no chão da cozinha. Aproveitou e limpou o furico com o dedo. Só faltou esfregar na parede. Pra corrigir essa caca toda, só um banho.
No fim do dia, mais um cocô blaster no vaso.
O engraçado é que ele quer privacidade nessas horas, não permite que fiquemos ali observando e muito menos quer ajuda.
Agora ele tomou conta da privada. Não quer ninguém usando. Basta sentar nela e ele vem todo afobado expulsar, alegando que é só dele. Tá bom então, vou ter que fazer xixi no ralo do quintal ahahahahahahah...

6º DIA
Sexta-feira suave, sem acidentes. Todos os xixizinhos dentro do vaso, cocozinho também. Acordou com a fralda noturna sequinha.

7º DIA
Como nem tudo são rosas, hoje teve escape de xixi. Precisamos deixar o Miguel na vovó para irmos a uma confraternização de final de ano da empresa onde o Flavio trabalha. Lá na vovó ele decidiu que iria fazer xixi na cueca. Fez alguns, dois ou três, não sei bem ao certo. Mas chegando em casa, tudo voltou ao normal. Ele dorme durante o dia sem fralda.

Esse foi o balanço geral da primeira semana de desfralde. De tudo o que andei lendo por aí, acho que tivemos um altíssimo índice de satisfação e sucesso, sem stress, o que é melhor.
A partir de agora, vou relatar semanalmente o desfralde durante um mês, que é o tempo em que geralmente consideramos o desfralde concluído. 
Deixo às mães que estão no mesmo dilema, o meu recado: não se importem com o que dizem as pessoas que estão de fora. Importe-se apenas com os sinais que o seu filho(a) lhe dá. Forçar a barra só causa stress a você e à criança e se o tempo não for respeitado, a situação pode até piorar. E por fim, muita paciência, calma, que tudo se ajeita! Boa sorte!




Última ultrassonografia

Terceira e última US. Foram poucas nesta gestação, metade do que foi feito na primeira. Dia 29, sexta passada, com 34 semanas e 4 dias, eu me encontrei novamente com o Arthur. Um encontro rápido e tímido, apenas para saber se tudo estava bem - e está.
Fiz até um vídeo, mas nem vou upar, mal dá pra ver o Tutu que estava de cabeça pra baixo e com a cara enfiada na placenta. Mal deu pra ver o bilau, mas o médico garantiu que realmente é menino.
O tamanho já não dá pra saber, mas o peso, no dia, estava em torno de 2.400kg. Nem grande, nem pequeno, porém menorzinho que o Miguel. Mas não irei me prender a isso também, porque as medidas e pesos oferecidos pelo exame são apenas estimativas. O importante é que ele está de boa aqui dentro, com tudo normal e funcionando direitinho.
Ahh, e hoje, segunda-feira, eu inicio o 9º mês da minha gestação e a 35ª semana. Agora falta tão pouco, e eu continuo com um medo de lascar. Mas eu sei, tudo vai dar certo. É só aquele medo que toda mãe sente, né?


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

33 semanas

Às vésperas de fazer meu último ultrassom.
Às vésperas de o Arthur chegar. De passar por tudo novamente. O medo, a ansiedade. Tudo voltou e desta vez, parece que com maior intensidade. Nem parece que já passei por isso! A contagem regressiva começou. 33 semanas. Faltam no máximo 7 para o dia D mas cada dia agora que o Arthur fica aqui dentro é uma vitória. E também um descanso. Tenho medo do que está por vir. Vejo relatos de mães se descabelando. Eu já pensei mil coisas nesse meio tempo e tudo o que posso dizer é que eu tenho medo de fraquejar! Mais ainda que da primeira vez.  E o Arthur? Será que se desenvolveu direitinho? Será que ele está bem? Tem pernas, braços, enxergará meu rosto? Medo!
Agora o cenário é outro sob todos os ângulos. Me sinto mais sozinha do que nunca. Mais sem recurso, mais limitada, mais cansada, com o dobro de responsabilidade nas costas. Vão dizer, quem mandou engravidar? É, ninguém mandou e agora eu aguento o rojão, ué. Não reclamo de nada, apenas digo que tenho medo. Qual ser humano, por mais forte que seja, não sente medo?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

32 semanas

Me peguei escrevendo mentalmente todo um post para o blog esta noite, enquanto curtia uma baita insônia  (mesmo com o cabeção regado a Neozine - receitado pela GO, viu?) e levando bica em tudo quanto é parte do corpo, já que o Miguel compartilhou da mesma insônia que eu (será que comemos algo?) Nota mental: levantar e escrever o tal post direto no blog, porque depois eu acabo esquecendo tudinho. Foi o que aconteceu. Então vamos encher linguiça, ahahahaha.

Faz tempinho que eu não apareço por essas bandas. Mas escrever o quê? Que o Miguel apronta horrores, que caiu de cara no chão e foi parar no Pronto Socorro uma semana depois do meu acidente com o pé (que aliás, continua quebrado e sem a menor previsão de colar novamente), que ele  se melecou de cocô ou que espirrou soro fisiológico dentro do meu guarda-roupa? É até meio clichê botar isso, porque ô molequinho duka.... que ele é em matéria de aprontar! Virgenzinha de Guadalupe, me proteja!



Vim dar uma pincelada na minha gestação. Eu posso muito bem me recordar que na gravidez anterior, eu contava cada detalhe de cada semana e cada peido que eu dava, corria escrever aqui. Mas isso é coisa de mãe de primeira viagem. Tudo é novidade, a gente fica meio besta, hehehe. Não que a segunda, a terceira, a quarta vez sejam diferentes, mas é que sabemos melhor lidar com os fatos, só isso. Em matéria de saúde, meus exames até agora apontaram que me livrei da pressão alta e do diabetes. Mas estou no aguardo dos resultados dos últimos exames. Com eles saberei se posso descansar tranquila! Ultrassom, só daqui a duas semanas, o terceiro (que agonia, ficar sem saber como o Tutu está). 
O que sinto é um mal estar tremendo, com cansaço crônico e dores nas costas, barriga, tudo pelo tamanho e pelo avançado da gestação, que está na reta final - com direito até a alarmes falsos, como na semana passada quando comecei a sentir contrações bem ritmadas. Mas eram apenas as Tony Braxton Braxton Hicks dando o ar da graça. 

Olha a maledeta aí, toda roxa, me tirando. 

Estamos na 32ª semana. Não teria tanta novidade a não ser uma nada agradável: a visita da Etelvina, a estria pioneira nesta gravidez. Veio se juntar às veteranas que já povoam meu vasto barrigão. E eu que pensava que não tinha mais onde acomodar tanta estria, vem a maledeta e prova que minha barriga é feito coração de mãe, sempre cabe mais uma! 
Agora começa a chover toda sorte de receitas para evitar que as demais apareçam. Eu falo uma coisa: mentira! Não tem receita milagrosa, só uma coisa que se chama genética e eu não tenho sorte com ela. Que justo eu, que não pude contar com os benefícios de uma boa pele, fico com barrigas enormes. Uma coisa puxa à outra! Lembro-me muito bem: quando me vi grávida do Miguel, antes mesmo de ele se tornar maior que um caroço de azeitona, eu já passava cremes de todo tipo, óleos de amêndoas, de semente de uva, de maracujá, hipoglós e tudo o que me indicaram. Só não passei óleo de motor de Kombi porque não me veio à cabeça na época. E o que foi que eu ganhei? Toneladas de estrias. Também, pra quem não se lembra, olha o tamanho que a bichinha ficou e me responda: tem como não ficar com a pele toda zuada?

Miguel inside.
Ainda tem tempo para novas coleguinhas da Etelvina surgirem, o que espero com todas as minhas forças, que não ocorra. Pelo menos eu posso ficar tranquila já que não tive cloasmas e nem a linha nigra, que eu não gosto nem um tico. O resto a gente contorna, fazer o quê? Como dizia minha avó: o importante é ter saúde!


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Bebê se emociona ao ouvir a mãe cantar

Esse vídeo é um dos muitos e muitos virais que rodam internet afora. Mas gente, é tão fofo que eu resolvi abrir um espaço aqui no meu Diário para que você que ainda não viu, possa assistir e comprovar a "fofurência" e a 'morditude" dessa garotinha. Ela tem apenas dez meses, mas está encantando o mundo neste vídeo que já recebeu mais de 270 mil visualizações no YouTube. A pequena garotinha chora de emoção ao ouvir sua mãe cantando um sucesso da década de 80, “My Heart Can't Tell You No”, do cantor Rod Stewart.  
Logo nos primeiros minutos da canção, já é possível ver os olhinhos da pequena marejados, enquanto ela parece encantada com a voz da mãe (que cá entre nós, tem talento e bem que poderia se candidatar a algum show de calouros né?)
Assista aqui e diga o que acha:

sábado, 26 de outubro de 2013

Ralo abaixo - parte final


Depois de passar a noite inteira em claro, alternando os choros de dor e a TV, finalmente o relógio do celular avisou que era hora de voltar ao hospital. Cheguei às 6:30 da matina, meia hora antes do que estava marcado, e o Flávio voltou pra casa com o Miguel, coitadinho. Fiquei por muito tempo esperando que o ortopedista chegasse e quando isso aconteceu, eram quase 10 da manhã. Por sorte minha, uma pessoa foi chamada mas não se encontrava na sala. Pelo fato de eu ser gestante, fui priorizada.
Resumindo tudo porque confesso que estou cansada e bem incomodada com as dores, o fato é que, além de ter perdido uma unha inteira do dedão (gente, mas está tão feio, dá medo - isso sem falar na dor terrível), o dedo vizinho foi simplesmente moído em uma articulação. O médico disse que eu fui "artista" e fiz uma das coisas mais difíceis dado o local onde eu lesionei o osso. A essa altura, eu já temia uma cirurgia, mas felizmente não é necessário. Porém esse dedo NUNCA MAIS será o mesmo e dentro de uns dois anos em média desenvolverei ali uma artrose, que vai me causar dores pro resto da vida. O tratamento porém é de repouso, perna elevada, por 4 semanas. Aí eu fico me perguntando "como isso". Estou na reta final da gestação, tenho filho pequeno. Juro que agora fiquei numa sinuca de bico. Uma coisa é certa: me cuidar 100% não vai dar MESMO. Vou fazer o possível para deixar meu pé quieto (ui, será?) e tomar os remédios para não sofrer uma infecção no local, analgésicos para dor e pé na tábua (ai).

E a primeira troca de curativo? Tive que soltar um xingamento pra aliviar aquela dor nauseante. A enfermeira riu. Ela sabia o que eu estava sentindo naquele momento. E de quebra, após o curativo, meu dedo foi imobilizado.
Fui ligar pro marido para que me buscasse. O visor do meu celular totalmente BRANCO. Desliguei, liguei novamente e nada. Tirei a bateria, voltei no lugar, dei tapa, liguei e religuei tantas vezes que perdi a conta. Bateu o desespero. Droga de celular, só me deixa na mão! Eu não sabia o número do Flávio porque faz dois dias que foi trocado. Ligar pra quem mais? Ah, sim, para a sogra. Mas que número é? Não sabia! Tudo estava na agenda do aparelho! Eu estava cega, muda, sozinha!

Com um celular desses, quem precisa de inimigo?


Saí do ambulatório, procurando uma lista e nada. Mudei de pavilhão, atrás da bendita. Tudo isso claro, andando igual a um zumbi do TWD!


Depois de muito procurar, me deram uma lista bem antiga, que de nada adiantava, pois o número dela também era relativamente novo, adquirido após aquela edição. Sem ter o que fazer, a quem recorrer, sem rumo, sentei na praça na frente do hospital e fiquei ali deixada à própria sorte. Então uma moça com uma bebezinha linda de 5 meses no colo veio puxar assunto comigo. Papo vai, papo vem, ela estava esperando o marido. Havia ligado para que a pegasse. E me ofereceu carona. Claro que aceitei né? Mas quando estava entrando no carro, bingo: meu celular tocou e fui salva pelo gongo. Mesmo porque o Flávio ia trabalhar e deixaria o Miguel na casa da mãe dele. Eu iria para lá com a carona, mas o que eu não sabia até então é que ela não estava em casa. Mais uma vez, eu ficaria na rua, sem ao menos ter as chaves da minha casa! Sim, porque o combinado era o Flávio me pegar após a consulta e não havia necessidade de carregar chaves. Mas eu não contava com esse defeito justo hoje no meu celular!
Por fim, tudo acabou dando certo e eu finalmente cheguei sã e salva na minha casa.

Quanto ao celular? Continua na mesma aquele FDP. Estou pensando em realizar meu grande sonho que é mandar ele sem dó na parede. Só preciso de um substituto. Eu juro que ainda faço isso e de quebra, piso em cima sambando feito Seu Madruga.



THE END

Ralo abaixo - parte II

Eu só deitei naquela maca no momento em que vi o médico com a seringa de anestésico nas mãos. Meu ar faltava, porque grávida com barrigão não consegue ficar deitada a não ser de ladinho. Mas eu precisava me deitar porque a tortura finelmante começaria.
O médico pediu ao enfermeiro que limpasse o ferimento e eu senti aquilo arder feito o fogo do inferno. Daí o sádico féladaputa anunciava cada agulhada meio que comemorando: "piquei". Acho que aquele zangão duzinferno me picou umas 5  ou 6 vezes e a cada furo, parecia que meu dedo estava sendo fisgado por um anzol. Então ele mexeu na unha e doeu. Eu avisei, a anestesia não pegou. Mas ele não me deu ouvidos e foi em frente. Começou a puxar o que havia de grudado na carne. Parecia que meu dedo tinha dente, que tinha um pé de rabanete plantado ali, qualquer coisa que me fazia delirar e faltou pouco, muito pouco, para eu gritar em alto e bom som um k-ra-lhowm mas preferi segurar a onda e o que me saiu foi um gemido. Então eu senti o último fio que prendia minha unha se romper. Pronto - ele disse. Acabou. Deixou que o enfermeiro terminasse a limpeza e o curativo. E dor, dor, dor, a anestesia não pegou direito. Que sensação medonha! Daí recebi a notícia de que não havia médico especialista para resolver o problema da fratura do dedo vizinho e recebi encaminhamento para essa manhã de sábado.
Estou em casa mas desde então não dormi de tanta dor. Meu coração está batendo dentro do meu dedão. Estou repousando com meus pés elevados, mas não consigo pregar meus olhos. Daqui a pouco vou sair e ir novamente ao PS encarar o segundo dia da saga. Lá irão decidir se meu pé receberá gesso ou apenas uma tala. Por enquanto, estou desse jeito aqui:


Continua na volta do PS...

Ralo abaixo - parte I

Dizem que no mês anterior ao nosso aniversário, a gente enfrenta o tal do inferno astral. Eu acho que não é bem por aí não. É justamente no mês do aniversário que ele acontece. Vou explicar melhor...

Sabe aquela expressão deprimente em que a pessoa diz: "cheguei ao fundo do poço"? Então, eu protagonizei uma versão miniaturizada da coisa: Eu cheguei ao fundo do ralo. Ponto.
Ontem foi dia de faxina. Sexta-feira é praxe, no mais tardar sábado: limpo a casa toda, lavo a roupa que ainda tenha sobrado da semana, dou aquela geralzona na house. Até aí, sem novidades. Foram 7 horas e meia de batente pesado para dar conta de tudo, inclusive dos caprichos do Miguel.
Começo de noite, eu exausta com farofa e batatinha, marido chega em casa. O que tem pra comer? Nada, poxa. E eu não vou pro fogão. Saia e vá atrás de algo. E lá foi ele de volta pra rua. Ficamos o Miguel e eu em casa.
Devido ao calor e ao grande esforço físico, naturalmente eu não estava com cheirinho de flores. Resolvi tomar um banho. Levei Miguel e uma pá de brinquedos a tiracolo.
Tudo corria bem até que a mangueirinha do chuveiro resolveu cair e a água começou a escapar pelo caninho lá em cima, espirrando tudo no revestimento. Contrariada, P da vida, pois a mesma mangueira já havia caído umas duzentas vezes no mesmo dia, resolvi consertar.
Foi aí que o barraco desabou! Eu pisei em falso e meu pé escorregou para dentro do ralo do box. Senti meu pé lambendo tudo por dentro do ralo e eu caí sentada com a mangueira na mão. O pé entalado naquele maldito buraco. Se eu senti dor? Nada! A adrenalina, o susto, o medo, até a manobra impensada porém instintiva para não cair sobre o Miguel me anestesiaram completamente.
Primeira ação: tirar o pé do ralo. Sentada no chão, pelada, com shampoo no cabelo, só ouvia o Miguel dizer: "que dó, que dó, mamãe caiu, que dó, dodói mamãe..." Foi quando olhei bem para o meu pé esquerdo e vi a unha do dedão  uns 70% descolada, levantada, deslocada, com uma porção da raiz exteriorizada, sangrando. E o dedinho ao lado começou a latejar. Passei a mão e percebi que ele tinha algo de diferente. Então me lembrei que eu estou grávida e eu caí sentada. PERIGOOOOOOOOOOOOOO! Tremia toda de pânico. Ao mesmo tempo acho que estava meio em choque. Não sei dizer ao certo. Só pensava em me safar. Mas como? Tava sozinha, poha! Depois de me certificar de que não havia mais sangue além daquele que me saía do pé, friamente terminei meu banho e lavei o Miguel. Saí, me enxuguei e deixei ele ali brincando mais um pouco. Não sei onde encontrei forças para seguir adiante, mas consegui. Fui tentar uma ligação, mas meu celular tinha só 36 centavos. Não era suficiente para ligar para outra operadora. Meu facebook ainda estava aberto e chamei um vizinho, que por sorte só que não estava ON. Pedi para que ligasse para o Flávio e o celular dele tocou na estante da sala. MERDAAA! Naquele momento, eu gritei, xinguei. Minha ficha estava caindo! Eu estava sozinha pra valer. Botei uma roupa e esperei. Acho que se passaram uns 20 minutos e ouvi o carro embicar na garagem. Gritei para que saísse do carro, fechasse os vidros, trancasse a porta e entrasse. Ao saber do acidente, ele quis destruir o banheiro e eu bati o pé: não era hora para dar piti! Eu precisava de socorro. Ele tirou o Miguel do banho, trocou, eu fiz o tetê dele e rumamos para a Santa Casa.
Fui para a triagem, de lá para a maternidade, onde o obstetra plantonista constatou que Arthur estava bem. Ufa. Metade do problema resolvido. Alívio imenso. E o medo de ter de ficar por ali mesmo, fazer um parto de emergência com 29 semanas, por um descolamento de placenta? Deus me livre!
Foram 3 horas de suplício. Tudo sozinha, porque logo após os exames na maternidade, pedi para o Flavio levar o Miguel embora, eu iria demorar muito ainda.
Fiquei ali das 21h até 0h12. Espera, consulta, espera, raio-x, dedo trincado, uma unha para extrair. Retorno à consulta e a famosa espera no corredor. Tinha gente espancada, doente, fedida, estropiada, tinha uma senhora com o dedo do pé caindo de podre, tinha gente passando mal e eu ali. Firme e forte, mas no meu limite. Não demoraria muito e eu sucumbiria de vez. Me chamaram e me botaram numa maca. "Deita aí, nós vamos limpar, anestesiar e fazer a extração. " (...continua)



terça-feira, 22 de outubro de 2013

29 semanas. Mas já?

Meu Deus, pode até parecer clichê, mas lá vai: tá voando! Já estamos na 29ª semana! E claro, por mais que a gente saiba ou ao menos tenha idéia de como funciona, sempre fica aquele frio na barriga. Mesmo porque nada será igual, desde a gestação até o nascimento. Nem o meu Arthur será igual ao Miguel, enfim: medooooo!
Bom, vamos às novis pra você que me acompanha sempre né?

To quase saindo voando com esse barrigão. #29semanas

Leeeeembra quando eu fiz meu exame de curva glicêmica e o resultado foi meio obscuro? Quando retornei à consulta, a GO interpretou os índices como sendo indicadores de Diabetes Gestacional e me passou aquela dieta bem chata, na qual não se come carboidrato simples e tampouco doces. No início me descabelei e até chorei, porque sei bem o quanto é triste se privar daquilo que é gostoso. Pois bem. Eu comecei a botar meus neurônios para funcionar e acabei chegando a uma conclusão (por favor, não faça isso em casa): meti na cabeça que eu não estava diabética coisa nenhuma. Parei com a dieta e comecei a coletar os exames de glicemia duas vezes ao dia: sabe o que eu descobri? Que eu realmente estava certa e aquele primeiro exame provavelmente estava errado. E que o mais prudente a se fazer teria sido pedir novos testes.

Quer dizer que uma pessoa diabética, sem dieta alguma tem resultados como 87mg/dl em jejum e 111mg/dl após o almoço? Duvido, minha gente!

Mas eu vou dizer isso à GO na semana que vem. Por enquanto, vou adotar a seguinte posição: vou reunir mais resultados coletados diariamente e me ponderar, sem exageros na alimentação, porém não vou passar vontade. Não vou sair fazendo bolo e pudim, mas também não vou deixar de tomar um copo de suco ou comer um biscoito. Simples assim. Ahh, e quanto à minha pressão arterial, 10x7 tá bom né? Nem na do Miguel consegui valores tão bons para ela. E quer saber? Viva nóis! Uhuuul!


No restante das coisas, estou me sentindo como um pássaro construindo seu ninho. Fazendo tudo aos poucos, deixando tudo arrumadinho. Lavei várias peças de vestuário, banho, separei fraldas, a malinha está sendo montada, tudo com muito amor e uma certa antecedência, pois como eu disse anteriormente, tudo pode acontecer.
Gente, por hoje é só. Tendo novidades, eu volto para contar.

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Pré-natal na 28ª semana...

Hoje segunda-feira e estou entrando na 28ª semana de gestação. Venho aqui pra contar o resultado da consulta de hoje. Bom, até agora ganhei exatos 5 kg (engraçado que na balança que eu sempre me peso é menos, mas não vou morrer por causa disso também. Enfim... tomei duas vacinas, pedi um calmantezinho pra dormir (haja insônia senão), tenho uma US marcada para o fim do mês e....... quero dizer que os bolos de aniversário que ganhei na semana passada foram os últimos até o dia do nascimento do Arthur. Últimos, bolos, iogurtes, sorvetes, chocolates, Rato-Colas da vida e tudo o que tiver açúcar. Estou DIABÉTICA novamente e a GO me cortou absolutamente tudo o que é doce e PROIBIU qualquer adoçante. E ainda solicitou controle glicêmico 3 vezes por semana, 2 vezes ao dia. Resumindo: chateação em cima de chateação, volto a ser aquela tal 'gestante de risco'... Estou bem baqueada, sabe? Até chorei!
Vocês vão dizer aquele clichê de sempre: "acaba logo" (e NÃO, não acaba logo, é muito ruim a dieta de diabético  e dois meses passam a ser uma eternidade), ou ainda "é pelo bem do Arthur" e blablabla. É, eu sei que é pelo bem do bebê. E por isso e só por isso irei fazer tudo, assim como fiz na gestação do Miguel. Porque sou mulher, porque sou responsável e porque, acima de tudo, sou MÃE. Mas só por isso. Eu tô muito cabreruda. Poderia ser mais simples, mas não é. Enfim, hoje eu to bem down. Amanhã será um novo dia.


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Hidratando tudo


Ontem à noite, um vendaval de cerca de 30 minutos, além de algumas árvores e placas tombadas, trouxe também muita terra para as casas dos jauenses. Na minha não foi diferente.
Hoje então acordei cheia de determinação, apesar da limitação que a barriga grande já me impõe, e tratei de limpar toda a sujeira. A casa ficou toda limpinha por dentro, mas...

Mas eu tenho o Miguel, e ele não é o maior amigo da limpeza e da organização. Logo ele tratou de aprontar uma das grossas. Abriu o guarda-roupas, encontrou meu frasco master de creme hidratante, arrancou a tampa e veio fazendo um caminho do cosmético, que começou no meu quarto, passou pelo corredor, cozinha e veio terminar na sala. Lambuzou além do chão, o tapete, o sofá, as cadeiras da mesa de jantar. Pra completar o quadro, sujou a própria roupa e passou hidratante nos cabelos.

Indignada (não, eu não achei graça nisso tudo), saí limpando a melequeira toda, troquei sua camiseta, lavei suas mãos, limpei sua cabeça como deu. Tá beleza, pensei...

Mas algum tempo depois, o Pierre veio me agradar e quando fui acarinhar sua cabeça, tanããã: ele estava com os pelos besuntados de hidratante! Sim, meu pequeno tufão fez uma "hidratação especial" no gato.
Pois é, quem tem filho em casa, não tem monotonia. Miguel é a prova viva disso. Moleque danado!

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

24 semanas - Here we go!

Pois é,minha gente, mais um aniversário de barriga! Eis que chegamos à 24ª semana nesta segundona braba! Não sinto nada de diferente, que não seja o habitual cansaço, a falta de ar, as dorzinhas chatas no pé da barriga (que tá pedindo água por causa do tamanho), os desejos incontroláveis, essas coisinhas. Todos os sites especializados informam que nesta semana o bebê deve estar pesando cerca de meio kg, mas eu duvido, já que na última ecografia, feita quando eu estava com exatas 20 semanas (quase 1 mês atrás) já era apontado o peso de 451 gramas. Oras, se a cada semana o peso aumenta em torno de 90g, eu calculo que o pequeno Arthur esteja beirando os 800g (peso pesado da mamy).

24 semanas - Aqui mora um Rei.


Na semana passada, eu fui à uma consulta pré-natal e nela a GO solicitou a realização do teste de curva glicêmica, um dos exames mais temidos pelas mamães. Consegui para o dia seguinte. E lá fui eu, bem cedinho, querendo cavar um buraco na terra ao invés de entrar naquele laboratório. Não foi nada gostoso, confesso, mesmo porque minhas veias estavam meio "mocozadas" e só deram as caras em um braço. A fim de evitar picadas desnecessárias e veias perdidas, autorizei as coletas naquele braço somente. Das 7 às 11 presa numa saleta, lá fiquei eu sozinha e sem internet, sem revista, sem droga nenhuma pra fazer. Mas eu aguentei firme, viu? E sabe do mais? Eu não passei mal nenhuma vez! Não senti tontura, não senti nada! Acho que sou uma nova mulher! Mas também ajudou demais a biomédica ser uma fofa! Isso faz a diferença nas horas difíceis!
Um dos grandes vilões do exame - o xarope doce ao extremo, que você deve tomar sem vomitar, pra não perder o exame. 

A ânsia e a responsa de manter tudo dentro do estômago.

Pelo menos eu pude deitar um pouco - coisa que eu não consigo fazer na minha casa. 



Agora é só esperar o resultado, que deve sair amanhã, e torcer para que desta vez, o diabetes não tenha dado as caras!

sábado, 14 de setembro de 2013

Toxoplasmose - a culpa não é do gato



Tá vendo essa imagem acima? É o resultado da minha sorologia para toxoplasmose. Já é a segunda vez que faço o teste, e o resultado é sempre o mesmo: NEGATIVO. E tenho 10 gatos. Tenho e continuarei com eles até o fim! Sabe por quê? Porque eu sou uma mulher informada, porque eu não vou na onda da sabedoria bostular popular, que reza que gato dá asma (cuméquié?), que dá toxoplamose (oi, eu não como cocô, obrigada).
Gente, é tão difícil assim entender que o mais comum é você comer uma carninha mal passada, um pé de alface mal higienizado e aí sim, contrair a doença? Preciso desenhar que o gato não é esse vilão que todo mundo imagina? O que dizer das pessoas que nunca cruzaram o caminho de um gato e estão empesteadas com a doença?
Falta de informação faz mal! É por isso que eu vou, mais uma vez, mostrar aqui e aqui (e existem outras postagens no meu blog, basta procurar por assunto na nuvem aqui na lateral esquerda da página).
Espero de uma vez por todas, esclarecer o maior número de pessoas que eu conseguir, numa luta incansável pela correção deste equívoco. E saiba que, se o seu médico insiste em mandar você ficar longe do seu bichano, ele provavelmente parou no tempo e não está se atualizando. Fuja dele! A próxima vítima pode ser você!

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Pré-natal


Bah, se tem coisa que eu o-d-e-i-o é dia de pré-natal. Uma pelo fato de madrugar e ficar ali esperando a vez de ser atendida. Outra, pelas surpresas que o momento reserva. Hoje tive duas bem chatonildas.

Mas vamos começar falando que a pressão arterial hoje pela manhã estava boa (12x8), embora sempre suba mais tarde caso eu me mexa muito. Que me peso não aumentou muito (3kg até agora), que o restante dos exames (toxoplasmose, hepatite, HIV e tireóide) tudo normalzinho. Até aí é o lado bom, mas...

Eu sinto dores, eu sinto falta de ar, eu sinto vertigens. Diante do quadro, a doutora achou melhor não ficar no achismo e resolveu ver "mais de perto" se existia algum problema maior. Foi então que eu levei um cutuco na minha tela touchscreen...


Pohan, mas 23 semanas e já tomando dedada? Pois é, ela achou melhor verificar a situação do colo do útero, pra descartar qualquer possibilidade de estar em trabalho de parto precoce. Pelo menos está tudo em ordem.
Fora isso, a outra coisa desagradável foi que ela me pediu pra fazer aquele exame duzinferno: a curva glicêmica. Isso significa que em jejum vou levar uma picada, depois tomar aquele liquidozinho dukarvalho, levar mais uma picada e mais outra. E ficar trancafiada no laboratório por horas a fio. Eita, como grávida sofre!
No mais é isso, não tenho nada a acrescentar. Pré-natal é sempre uó mesmo.





sexta-feira, 6 de setembro de 2013

São tantas coisas...

22 semanas

Já atravessamos a primeira metade da gestação e hoje, quase ao fim da 22ª semana, venho contar algumas coisinhas, como por exemplo, que escolhemos o nome do B2.

Arthur
Significa Nobre, Generoso. E é assim que espero que seja meu anjinho. Um cara do bem! Havia uma listinha de nomes, alguns compostos, outros simples, e fomos eliminando um a um. Na verdade, a cartada final foi minha mesmo. A lista era a seguinte:
- Luis Fernando
- Luis Guilherme
- Pedro
- Antonio
- Guilherme
- Arthur
- Murilo
- Enzo
- Rafael

Alguns foram eliminados logo de cara, porque simplesmente não deram aquele tchan. Depois eu usei o critério de eliminar nomes compostos. Nada contra, mas quis evitar aquele nome extenso demais, sabe? E a briga final ficou entre Pedro, Arthur e Guilherme. Pedro rodou pelo fato de evitar a alcunha de Pedro Bó (faria a dupla dinâmica com o Migué), pois sempre tem um maldoso pra isso. Caiu por terra.
Então o pai defendia Guilherme, eu o Arthur. Bom, daí foi um pulo. Acho que fiz a escolha certa.

***

Agora, o que eu quero saber das mamães de segunda viagem é:  como foi a segunda gestação de vocês? Eu tô me sentindo tão abandonada, mas tão esquecida, que me dá vontade de chorar! Sério, não é drama não. Mas eu sinto como se não existisse, ninguém tá nem aí, sozinha pacas mesmo! Quando esperava o Miguel, só faltavam jogar rosas pra eu pisar. Agora, juro, só faltam jogar merda na minha cabeça. Tá bom. Menos. Mas sim, é diferente, parece que você nem existe e ponto.
A animação até mesmo dentro de casa é nula. Pra se ter uma idéia, o Miguel teve sua primeira peça de roupa ainda nas primeiras semanas de gravidez. O Arthur, tadinho, tá na seca total. Judiação, viu... E eu queria saber se é só comigo ou se realmente a segunda gestação é um porre nesse sentido. Porque de sonho, a minha não tem é nada....





terça-feira, 20 de agosto de 2013

Gatinho a bordo

Contrariando a tabela chinesa, as simpatias para "descobrir" o sexo, o "sexto sentido" da mamãe, a premonição do Miguel, o palpite popular, os sintomas que "revelariam" uma possibilidade de ser deste ou daquele sexo, o famoso "formato da barriga" e todos os demais indícios... 


O meu bebê tem um "tico". A primeira coisa que ele mostrou foi o pipi. É um meninão! E nos deu um olé e tanto né, gente? Confesso que levei um sustão daqueles, eu estava certa de que seria a Maluzinha. Pois pouquíssima gente acertou o palpite. Agora nosso mundo é totalmente BLUE! To cercada de homens! 


A descoberta
Não vou também negar que assim, de cara, levei um choque e senti até uma certa decepção. É que eu queria demais uma mocinha. Queríamos, aliás, o pai e eu. Mordi o canto do lábio até, mas logo que comecei a ver ali cada pedacinho do corpinho dele, seu coraçãozinho, suas mãozinhas, seus pezinhos dobrando preguiçosamente, seu corpinho perfeito....ah, me derreti e até esqueci da Malu. Então comecei a imaginar tudo o que esses dois meninos irão aprontar. Já me animei. Afinal, também não posso esquecer que tenho experiência no bailado! 

Sobre ele...
Pesando 341 gramas, medindo aproximadamente 15cm, é perfeitinho e tem tudo no lugar. O médico disse: "vai ser grande". Coraçãozinho acelerado, mas bem preguiçosinho no seu primeiro bercinho. Tudo em perfeita harmonia aqui dentro!
Vai chegar até dia 6 de janeiro pra fazer companhia a seu irmão mais velho, irão aprontar poucas e boas.
Agora, vamos sentar e escolher o nome, que decidimos, não será Rafael nem Enzo. 


20 semanas. Barriga de meninO.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

Na boca do povão

Hoje fui ao mercadinho aqui perto de casa pra buscar açúcar. A mulher olhou pra minha barriga e disparou:
" - 'Cê' já sabe o que tem aí dentro?"

...

Hein?

Juro que pensei em responder algo do tipo: "um cacho de bananas" ou "um kit de ferramentas" ou ainda "um Dolly guaraná". Mas engoli a resposta atravessada e apenas respondi que não sabia.

Pohan, é cada uma!











Parece que basta a gente estar grávida e os comentários surgem como tiririca no meio da plantação. De coisas sem noção como esta aí em cima, ao clássico: "você é corajosa" que a mamãe Thania citou em seu blog - e que aliás ouvi ontem mesmo (e deverei ouvir pelos próximos anos). Isso sem falar nas tragédias como partos mal-sucedidos, da lenda do bebê que cozinha dentro da sua barriga (tá bom, meu nome agora é panela Clock) e de outras tantas bizarrices que circulam por aí. Na gravidez do Miguel eu ficava brava, super irritada! Hoje já prevendo tudo isso, eu me divirto, sabe? Ééé, cuca fresca, jovem! Não adianta brigar, não adianta debater, a opinião popular é forte e você não pode com ela! Na verdade até acho que dá pra fazer um livro: "Grávida, na boca do povão".




Falando em povão, ri horrores ontem na sala de espera da G.O. É que tinha lá uma gestante com 34 semanas e alegava estar com um coceirão na perséfone. E que ela jogou vinagre ali. Hein? Zentchiii! Ri por dentro, galera, e como ri! Afinal, com cebolas e um salzinho, o negócio já vira um belo churrasco de picanha! E viva a sabedoria Pop! HAHAHAHAHHAHAHA! 




Agora, fui, porque de tanta abobrinha hoje, esse post vai dar um belo refogado! Tchauzin! 

19 semanas

Ontem fui à consulta pré-natal e as notícias são boas.
A pressão está controlada (para tal, tomo medicamento, maneiro nas emoções e nas atividades mais agitadas) e meus exames estão normais, exceto uma infecçãozinha de urina já tratada. Ganhei apenas 500 g de peso em um mês (1.800 kg até agora!) e o crescimento do bebê está normal. Aliás, sei que isso não se faz e blablabla, mas eu peguei meu cartãozinho de gestante da gravidez do Miguel e coincidentemente, eu fiz um pré-natal com 18 semanas e 6 dias, ou seja com apenas 1 dia de diferença com relação a esta consulta. E as nossas alturas uterinas estão idênticas! Ou seja, 18 cm para as duas barrigas, o que mais uma vez me leva a crer que teremos aí um belo e vistoso barrigão!


quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Desejos gravídicos


Hoje eu quero falar sobre esse assunto que algumas gravidinhas nunca sentiram na pele e que outras (como eu) sofrem dia após dia na querência de alguma coisa: O DESEJO.
Confesso que na gestação do Miguel, tive alguns poucos desejos, bem normais até, porém sempre eram de coisas das quais eu não gostava (salada de maionese, sorvete de morango, mingau de aveia e a minha conhecida tara por pudim). Só que durou pouco, e logo eu me vi livre dessa perturbação toda. Mas agora, o sofrimento perdura. A lista de vontades só cresce a cada dia e eu não vejo como atender a tudo, mesmo por questão de saúde e até financeira, porque cá entre nós, precisa ter grana pra arcar com tudo, hahahaha!
Eu quero tanta coisa, a vontade é tanta, que chega a dar um nó na garganta e algumas vezes até cheguei ao extremo de chorar! É, eu choro feito criança! Vai entender né? E quais são esses desejos? Vai uma lista:
  • gelo
  • comer uma caixa de bombom Garoto (só pode ser esse) sozinha
  • espetinho
  • café
  • favo de mel (não pode ser comprado, tem que ir cutucar uma cachopa)
  • pudim de café
  • novamente o tal sorvete de morango
  • salsicha (urgh) com catchup
  • frango à passarinho (eu odeio isso)
  • hot dog
  • pão com presunto
  • açaí
  • batatinha em conserva
  • laranja
  • beterraba crua
  • abacaxi e tudo o que tenha seu sabor
  • limão e seus derivados
  • doce de leite
  • bala de coco gelada
  • keep cooler
  • coca cola muuuuuuuuuito gelada
  • cenoura crua
Notem que no geral, eu quero só comer coisas doces. Eu ando com nojo super de comida, e tudo o que eu gostava antes agora é algo terrível de suportar. Cozinhar pratos salgados,  trivial do dia-a-dia? Nem pensar! Eu passo muito mal. E acabo nem comendo. Porém, esses desejos que eu tenho, em sua maioria, não me acrescentam em nada, pelo contrário, podem me fazer muito mal. Então eu vou passando a bola, me distraindo. Mas aviso, tá osso! É muita vontade mesmo! 
E você, mamãe, já teve alguma vontade incontrolável de comer algo?

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ultrassom - o encontro

Hoje foi aquele dia esperado em que a gente passa contando as horas e os segundos para que chegue logo. Dá coceira, dá comichão, dá de tudo pra quem espera com ansiedade. Ainda mais que, com 17 semanas, eu tinha grandes chances de conhecer o sexo do meu filhote.
Que engano! De tudo o que tanto ansiava, deu para saber que a saúde está normal, e isso já me trouxe um grande alívio. Mais alívio ainda em saber que só tem 1 aqui dentro, hahahahahah.
Mas na hora de olhar lá embaixo, o bebê já se mostrou tinhoso: não deu moleza, fechou, escondeu, mascarou. Cobriu o documento com o cordão umbilical e fechou as pernas. Com todo esse pudor, espero que seja uma menina né? Se for, já dá pra ver, não será uma periguete, será mocinha boa, hahahahaha!
Brincadeiras à parte, entramos hoje na 17ª semana, tirando a pressão alta (monitorada e medicada), tudo está caminhando. Miguel insiste em dizer que teremos uma "ninina" e eu penso em inaugurar um novo negócio, no ramo de previsões, caso ele acerte o palpite, hehehehe.

Aqui está uma imagem printada do vídeo que fiz da US para que conheçam meu Buzuzú nº 2. A primeira imagem, pode notar, já revela o rostinho. Vai ser lindo(a) né não?


quinta-feira, 25 de julho de 2013

O hemograma

O temido dia chegou. Desta vez, temido por dois motivos: pelo exame em si, que é meu maior pesadelo - detesto agulhas - e pelo frio cortante que está fazendo nos últimos dias. Como se não bastasse, o horário foi de phoder: 6 da matina no posto de coleta.
Estava tudo escuro, uma friaca de abalar o esqueleto. E lá estava eu, no meu figurino super-sexy! Gente, eu fui de pijama! Eu tinha que escolher entre ir bonitinha e ir quentinha. E claro, a segunda opção venceu disparado. Fui com meu super-duper moletom verde com touca e mais umas trocentas blusas por baixo. Pra completar o visu, um pretíssimo par de All Star nos pés e estava pronta para correr pro abraço.


Esperei minha vez com a resignação de um boi que vai pro abate. Então, ao ser chamada, fui entrando na saleta e dizendo, com voz chorosa:
"-Bom dia! Por favor, vai com carinho que eu tenho medo."
Detalhe: eu estava bem estressada porque a mocinha que entrou antes que eu CAPOTOU. E olha, ela tinha acompanhante. Já eu, pobre de mim, estava só e desamparada. Mas encarei. Pensei: "Enfrentei um parto, por que não uma furadinha?"
Entreguei os 3 tubos para a enfermeira, sentei na cadeira do crime, arregacei a manga e esperei. Pra onde eu olhava, tudo denunciava a tortura que estava por vir. Então a moça diz: "-Vai sentir uma picadinha!"


Porra, picadinha? Mas e esse rio de sangue que vão tirar de mim, não conta? Corre que é uma cilada, Bino!
Mas eu, muito Fêmea-Alfa que sou, fiz cara de "to cagando e andando" e apenas murmurei: "Tá".
Aquela agulha entrou e começou a chupança. Eu sentia minha veia queimando. E meu rosto também. Aliás, páreo duro saber o que queimava mais naquele instante, que pra mim durou horas! Veja só a minha situação, suportar tudo aquilo sem gritar o famoso "cacete de agulha" e ainda segurar a onda. A essa altura do campeonato, meus ouvidos começaram a zumbir, indicando que eu capotaria em instantes. Então a voz da enfermeira soou um doce: "-Pronto, terminou". Saí abobalhada e sentei num  banco ali mesmo na saleta. Eu estava branquinha feito paina, foi o que me disseram. Dei um tempo e saí vazada daquele lugar. Mas saí feliz da vida, porque pela primeira vez NA VIDA eu fui sozinha tirar sangue, não desmaiei, não chorei e resisti até o fim!
Gente, eu já sou mocinha agora, hihihihihih! Mamãe teria orgulho de mim!

Eis meu troféu!



terça-feira, 23 de julho de 2013

16 semanas!

Foto tirada com 15 semanas e 5 dias

O bebe mede entre 16 e 17 cm e pesa em media 150 a 170 g É bem provável que você ainda não sinta os movimentos do seu bebe, é comum sentir a partira da 20ª semana, mas a partir deste momento alguma sensação de vibração já pode ser considerada movimentos fetais. Neste momento as pernas são maiores que os braços e ele movem os membros com muita freqüência.  
O sexo já fica muito mais fácil de ser determinado no ultrassom, este é um momento de muita emoção.
Mamãe,
Seu volume de sangue esta aumentando, isto pode ser percebido por congestão nasal ou sangramento nasal. Seu coração bate mais rápido e mais forte para manter a demanda fetal; um pouco de dor no baixo ventre é comum devido a relaxamento dos seus ligamentos.
Amniocentese: exame indicado em situações especiais para avaliação de alterações genéticas no bebe. Este é o momento ideal para ser realizado.