sexta-feira, 23 de março de 2012

Levando um lero

É, puxem mesmo a minha orelhinha porque eu tenho sido uma menina má. Ando sumida, eu sei. Mas é que, veja bem: eu não tenho muito a dizer ou tenho e morro de preguiça.
O Miguelito anda numa idade terrível, daquelas que você não consegue nem ir ao banheiro porque, ou ele vai junto e fica cutucando a tua bunda e tentando beber a água da ducha higiênica, ou enquanto você está lá no trono ele está subindo no sofá e dançando o kuduro em cim dele. É froids.
Há um tempo atrás, andei fazendo cupcakes para vender, mas precisei parar. Além de não dar certo essa parada de quitute americano aqui no interior, também tem o fator Miguel que transforma qualquer receita numa aventura digna de Indiana Jones. Desisti.
Compramos uma máquina de assar frango, aquelas TV's de cachorro. Que diabo era aquilo? Imagina passar a sua tarde de sábado em pé, de avental e luva, limpando rego de frango e temperando, e ainda por cima terminando com aquela mangueirada na cozinha? E o fedozão que fica? Que nojo! Nunca mais como frango! Nunquinha, nem nas minhas 7 próximas encarnações. Te garanto! E ainda no dia seguinte, ficar lá de plantão do lado do forno fazendo cara de feliz. É muito pra minha cabeça. E o lucro, ó... Fim de papo. Abandonei.
E aí, como botar uma graninha dentro de casa sem ter que colocar esse tremendão numa creche? Aproveitei meu talento (super modesta né?) e virei manicure. Especializada em unhas decoradas.
- Mas como, sua louca? Fazer unha com o Miguelito aprontando?

Não, né? Eu faço à noite e finais de semana, o Miguel então fica com o pai. Senão a clientela some horrorizada!
Estou começando agora, mas minha experiência com os vidrinhos é de longa data. Sempre cuidei das minhas unhas das mãos e dos pés, já cuidava das unhas de amigas - e de grátis, a tonta. Agora resolvi que pode estar aí a solução para garantir um extra sem precisar sair de casa, sem patrão, sem bater cartão de ponto.


Alguns mostruários que tenho aqui.


Podem estar pensando que pareço uma metralhadora maluca, atirando pra tudo quanto é lado. Mas é por aí mesmo, viu! Mais dia, menos dia, acerto o alvo em cheio e aí pimba, volto a viver como uma pessoa normal, e não apenas "aquela que fica em casa". Porque para a sociedade, ser mãe e dona de casa é não ter valor algum, é coçar a Fiona o dia inteiro, é ficar de pernas pro ar. Sem comentários. A única coisa é que não se ganha e se trabalha até a exaustão, isso sim.
Vamos ver no que vai dar minha nova empreitada.

Li hoje um recadinho deixado por uma leitora assídua do meu blog, a Janaina. Olha, fiquei muito contente com tudo o que li e mais ainda ao saber que a ajudo em algumas coisas. Muito legal saber que esse cantinho que criei para servir como uma válvula de escape e também para registrar as muitas passagens da minha vida, também serve para orientar e divertir!

Outro motivo que já não escrevo tanto por aqui é que ando bem rabujenta de uns meses pra cá. Coisas da vida, perdi um pouco da maleabilidade e do bom humor antes presentes quase que 24h por dia. Ando meio amargurada, e pra não repassar prefiro me calar.
Enfim, estava mesmo precisando passar por aqui e levar aquele papo com vocês, contar as coisas, dar aquele sinal de fumaça. Afinal, quem é vivo sempre aparece!!!!

quarta-feira, 21 de março de 2012

O menino que não sabia parar

Era uma vez um menininho muito bonitinho e também muito danadinho.
Que desde o dia em que nasceu, nunca quis saber de dormir por horas a fio.
Que sempre quis ficar ligadão em cada movimento de cada mínima coisa que o rodeava.
Que passava seus dias aprontando e fazendo macaquices.
Que deixava principalmente a mamãe de cabelo em pé com tanta arte que aprontava.
Que parecia movido a plutônio de tão inquieto. Ele não sabia parar.
Esse menininho, minha gente, é o Miguel.

Ele cresceu e está cada dia mais moleque, se é que isso é possível.
Moleque mesmo, sem frescura, vivendo a vida com alegria, como tem que ser. Tem muita gente que vai me torcer o nariz, mas Miguel é um menino que brinca na chuva, que sapateia no quintal molhado, que se molha com a mangueira do jardim, que tem contato com animal, que anda descalço e sem camisa, que come chocolate e que pula na cama elástica, que corre e leva tombo, que rala o joelho. É uma criança, como tem que ser. E não fica doente, está sempre bem disposto e feliz.
Pra que restringir sua vidinha a um quadrado de tijolo, cheio de não-me-toques, se a vida é muito mais que isso? Pra que superproteger se a função da mãe muito maior? É proteger sim, mas também apresentar as situações, ensinar o que pode e o que não pode, deixar que eles conheçam as coisas? Muitas vezes a criança só aprende por exemplo, que não pode abrir a gaveta quando prende o dedo. Um pássaro só aprende a voar quando a mamãe passarinha permite. A gente é que complica!
Deixo aqui as últimas fotos, momentos felizes desse aprontador que eu amo tanto!

Na cama elástica.

No pula-pula inflável.

Se lambuzando todo.
Brincando com mamãe.

Fazendo o gato de travesseiro.

Jogando um fliperama.

Descobrindo a natureza
Bravo soldado e seu capacete blindado.

Seu amigão inseparável.