segunda-feira, 18 de novembro de 2013

33 semanas

Às vésperas de fazer meu último ultrassom.
Às vésperas de o Arthur chegar. De passar por tudo novamente. O medo, a ansiedade. Tudo voltou e desta vez, parece que com maior intensidade. Nem parece que já passei por isso! A contagem regressiva começou. 33 semanas. Faltam no máximo 7 para o dia D mas cada dia agora que o Arthur fica aqui dentro é uma vitória. E também um descanso. Tenho medo do que está por vir. Vejo relatos de mães se descabelando. Eu já pensei mil coisas nesse meio tempo e tudo o que posso dizer é que eu tenho medo de fraquejar! Mais ainda que da primeira vez.  E o Arthur? Será que se desenvolveu direitinho? Será que ele está bem? Tem pernas, braços, enxergará meu rosto? Medo!
Agora o cenário é outro sob todos os ângulos. Me sinto mais sozinha do que nunca. Mais sem recurso, mais limitada, mais cansada, com o dobro de responsabilidade nas costas. Vão dizer, quem mandou engravidar? É, ninguém mandou e agora eu aguento o rojão, ué. Não reclamo de nada, apenas digo que tenho medo. Qual ser humano, por mais forte que seja, não sente medo?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

32 semanas

Me peguei escrevendo mentalmente todo um post para o blog esta noite, enquanto curtia uma baita insônia  (mesmo com o cabeção regado a Neozine - receitado pela GO, viu?) e levando bica em tudo quanto é parte do corpo, já que o Miguel compartilhou da mesma insônia que eu (será que comemos algo?) Nota mental: levantar e escrever o tal post direto no blog, porque depois eu acabo esquecendo tudinho. Foi o que aconteceu. Então vamos encher linguiça, ahahahaha.

Faz tempinho que eu não apareço por essas bandas. Mas escrever o quê? Que o Miguel apronta horrores, que caiu de cara no chão e foi parar no Pronto Socorro uma semana depois do meu acidente com o pé (que aliás, continua quebrado e sem a menor previsão de colar novamente), que ele  se melecou de cocô ou que espirrou soro fisiológico dentro do meu guarda-roupa? É até meio clichê botar isso, porque ô molequinho duka.... que ele é em matéria de aprontar! Virgenzinha de Guadalupe, me proteja!



Vim dar uma pincelada na minha gestação. Eu posso muito bem me recordar que na gravidez anterior, eu contava cada detalhe de cada semana e cada peido que eu dava, corria escrever aqui. Mas isso é coisa de mãe de primeira viagem. Tudo é novidade, a gente fica meio besta, hehehe. Não que a segunda, a terceira, a quarta vez sejam diferentes, mas é que sabemos melhor lidar com os fatos, só isso. Em matéria de saúde, meus exames até agora apontaram que me livrei da pressão alta e do diabetes. Mas estou no aguardo dos resultados dos últimos exames. Com eles saberei se posso descansar tranquila! Ultrassom, só daqui a duas semanas, o terceiro (que agonia, ficar sem saber como o Tutu está). 
O que sinto é um mal estar tremendo, com cansaço crônico e dores nas costas, barriga, tudo pelo tamanho e pelo avançado da gestação, que está na reta final - com direito até a alarmes falsos, como na semana passada quando comecei a sentir contrações bem ritmadas. Mas eram apenas as Tony Braxton Braxton Hicks dando o ar da graça. 

Olha a maledeta aí, toda roxa, me tirando. 

Estamos na 32ª semana. Não teria tanta novidade a não ser uma nada agradável: a visita da Etelvina, a estria pioneira nesta gravidez. Veio se juntar às veteranas que já povoam meu vasto barrigão. E eu que pensava que não tinha mais onde acomodar tanta estria, vem a maledeta e prova que minha barriga é feito coração de mãe, sempre cabe mais uma! 
Agora começa a chover toda sorte de receitas para evitar que as demais apareçam. Eu falo uma coisa: mentira! Não tem receita milagrosa, só uma coisa que se chama genética e eu não tenho sorte com ela. Que justo eu, que não pude contar com os benefícios de uma boa pele, fico com barrigas enormes. Uma coisa puxa à outra! Lembro-me muito bem: quando me vi grávida do Miguel, antes mesmo de ele se tornar maior que um caroço de azeitona, eu já passava cremes de todo tipo, óleos de amêndoas, de semente de uva, de maracujá, hipoglós e tudo o que me indicaram. Só não passei óleo de motor de Kombi porque não me veio à cabeça na época. E o que foi que eu ganhei? Toneladas de estrias. Também, pra quem não se lembra, olha o tamanho que a bichinha ficou e me responda: tem como não ficar com a pele toda zuada?

Miguel inside.
Ainda tem tempo para novas coleguinhas da Etelvina surgirem, o que espero com todas as minhas forças, que não ocorra. Pelo menos eu posso ficar tranquila já que não tive cloasmas e nem a linha nigra, que eu não gosto nem um tico. O resto a gente contorna, fazer o quê? Como dizia minha avó: o importante é ter saúde!