segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Miguel e o bolo de aniversário

Talvez muita gente ainda não saiba, mas um de meus maiores prazeres é cozinhar. E comer. Claro, porque uma coisa complementa a outra. Comecei a bater panelas aos 7 anos de idade e desde então nunca mais parei. Na gestação do Miguel, dei para fazer bolos, coisa que até então não era lá o meu forte.
Hoje, aliás, faço pães de mel especiais e alguns doces e tortas no pote para ajudar na renda doméstica, além de sorvetes, tem dado certo.
Mas o assunto de hoje não é exatamente esse, embora tenha tudo a ver.

É que amanhã, dia 7 de outubro, é meu aniversário. E todo ano acaba passando em branco, coisa que me deixa muito, mas muito chateada. Ano passado eu ganhei um bolo da madrinha, mãe e prima, porque sabe como é, eu estava de barrigão do Arthur, veio a surpresa e foi tudo de bom, mas tirando isso eu realmente fico chupando o dedo todo ano. Desde criança, nunca tive uma festinha, acho que acabou me deixando carente. Ô, dó!
Por esse motivo, resolvi usar meus conhecimentos para me dar de presente um bolo bem gostoso e bonitinho. Comecei a fazê-lo ontem e hoje finalizei. Miguel como sempre, acompanhou de perto. Ele fica sempre muito interessado em tudo, faz perguntas, pede para experimentar. E hoje o diálogo foi muito legal. Segue (já traduzido para o português, com a tecla SAP):


- Mamãe, é um bolo? Que lindo!
- É filho! Gostou?
- Sim. É pro Miguel? (ele às vezes se refere a ele mesmo na 3ª pessoa)
- Esse é pra mim, filho. Amanhã é meu aniversário.
Ele olha, sorri e logo dispara:
-É? Eu vou na sua festa! Eu, nenê, papai, mamãe.
E continua:
- É de chocolate? Que lindo! Mamãe, divide comigo?
-Como é Miguel? Você quer que eu divida o bolo?
- Miguel, papai, nenê, mamãe. Bolo de chocolate. É, eu quero.
- Claro que eu divido, meu amor - eu já estava besta com o discernimento dele - Você quer um desses no dia do seu aniversário?
-Sim. Eu vou comprar uma bicicleta cor de rosa de menina pra mamãe e eu vou comprar uma bicicleta azul de menino pro Miguel. Mãe, põe isso no meu dedo? (pedindo chantilly)
Meu menino sabe das coisas! Óiiiinnnnnnn!!!!

Precisei cantar o parabéns antecipadamente porque o Miguel quis provar o bolo.
Eis meu bolo. Receita logo abaixo.
Meu, que delícia!

E se você gostou e quer fazer igual, anote a receita:

Bolo de aniversário da Didi

Massa

  • 3 ovos
  • 100g de margarina  + 1 colher (sopa) bem cheia de margarina Qualy - veja bem, a outra margarina pode e deve ser de outra marca. A Qualy vai te garantir uma massa fofa porém firme. 
  • 2 xícaras (chá) de açúcar
  • 3 xícaras de leite
  • 2 colheres (sopa) de chocolate em pó (não é achocolatado hein?)
  • 500ml de leite morno
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó
  • Forma redonda forrada com papel toalha (somente o fundo)


Bata na batedeira os ovos, a margarina e o açúcar até obter um creme fofo e claro. Desligue a batedeira e coloque um pouco da farinha e do leite, ligue a batedeira novamente em velocidade mínima e vá incorporando até terminar tudo. Desligue e misture delicadamente o fermento. Despeje a massa na forma e asse em forno a 200º por cerca de 40 minutos.  Deixe esfriar.

Baba de moça

  • 1 lata de leite condensado
  • 1 garrafa de leite de coco
  • 3 gemas sem a película
  • 1 xícara (chá) de açúcar


Misture tudo e leve ao fogo baixo mexendo sempre até engrossar. Deixe esfriar completamente.

Mousse de chocolate meio amargo

  • 100g de chocolate meio amargo
  • 100ml aproximadamente de creme de leite
  • 150ml aproximadamente de chantilly batido


Derreta o chocolate com cuidado para não queimar. Misture rapidamente o creme de leite até obter um creme mais escuro, liso e brilhante. Incorpore o chantilly batido. Se endurecer muito, vá colocando o creme de leite até conseguir uma textura macia porém firme.


Finalização:
Desenforme e corte o bolo em 3 discos (remova o papel toalha, não esqueça rsrs).
Forre a mesma assadeira em que foi assado com filme plástico e deixe bastante sobra do plástico para fora da forma. Coloque o primeiro disco. Molhe com a calda escolhida (calda de água e açúcar fervidos, guaraná sem gás etc) e espalhe a baba de moça com generosidade, inclusive nas laterais. Cubra com o segundo disco de bolo. Molhe e recheie com a mousse. Cubra com a terceira camada de bolo, molhe. Feche com o plástico excedente tampando bem o bolo e coloque algo reto como uma tábua de corte, assadeira grande que cubra todo o bolo para fazer peso. Por cima coloque pesos, que pode ser saco de arroz, feijão, açúcar, o que vc tiver em casa.  Isso se chama prensar o bolo. Veja imagens na internet caso tenha alguma dúvida. Leve à geladeira por cerca de 8 horas.
Depois disso, desenforme o bolo e cubra como quiser. Decore a gosto. Eu usei chantilly de chocolate e placas e arabescos de chocolate.




quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Em tempo... 8 meses de Arthur

Vida de mãe de dois não é moleza não! Imagino mãe de 3, 4, 5... acaba que a gente não tem tempo pra mais nada! E nessa vibe toda esqueci de postar sobre, por exemplo, os 8 meses do Arthur! E sobre o corte do cabelo do Miguel...

O Tuco completou 8 meses no último dia 15. Está lindo de viver, é o verdadeiro bebê simpatia, distribui sorrisos por onde passa! Tá cada dia mais lindo! Só que ele vive chorumelando o dia todo pedindo colo e né, quem consegue? Primeiro que ele está pesando 9,200kg e segundo, porque tenho o Miguel que se morde de ciúmes e uma casa todinha para cuidar. #oremos

É um vampiro? Não, é um bebezão lambuzado de suco de beterraba!


Miguel, por sua vez, está um mocinho, do alto dos seus 3 anos e 8 meses. Pena que muito teimoso. Agora resolveu que odeia tomar banho e lavar os cabelos. Por isso, a saída foi dar adeus aos cachinhos, característica-mór do meu meninão. E não é que ficou um charme? É que ele é lindo até fazendo cocô, que dirá num corte transado de cabelo?

Fiquem com as fotos que eu vou indo. Espero que tenha escrito de forma inteligível, porque digitar com um Arthur gemendo na orelha não é muito fácil! O pensamento simplesmente FOGE!

Perigote das mulheres!


FUIIII!!!

Eu testei e... Fralda BABYSEC ULTRA - Galinha Pintadinha


Numa busca constante pelos produtos BBB - Bom, Bonito e Barato, eu vivo pesquisando novidades (ou nem tanto assim) pelas lojas e mercados da vida. Aproveitando que o Arthur é outro "fusquinha" quando o assunto é fralda (o menino não tem alergia a nada), vivo trocando de marca e comprando promoções. Lógico que com a experiência acumulada na época do Miguel, algumas marcas estão definitivamente riscadas da minha lista.

Eis que dia desses eu vi num panfleto de ofertas de uma rede local de supermercados uma marca que me chamou a atenção pelo tema (Galinha Pintadinha) e pelo preço (R$ 14,99 o pacote com 20 tamanho G).
Corri para o mercado, mas o tamanho do Arthur estava esgotado. Pesquisei um pouco na net sobre a fralda Babysec Ultra e li que as mamães andavam satisfeitas. Bingo! Era justamente o que eu queria!

Depois de uns dias voltei ao supermercado e para minha surpresa, o preço havia baixado mais ainda (R$ 12,99) e o estoque estava reposto. Encontrei o tamanho G e logo abracei o meu pacote de teste.
No dia seguinte, tive que levar o Arthur ao pediatra, logo pela manhã. Coloquei a fralda meia hora antes do horário determinado (8h30) e saí. Sabe como é posto de saúde. A coisa demora horrores e a infraestrutura é zero. Por sorte o Arthur não fez cocô e eu resolvi manter ele com a mesma fralda. Acontece que ele chegou em casa dormindo e assim ficou até as 15h30! Não me julguem! Afinal, quem troca fralda à noite se o bebê não acorda? Pense que foi mais ou menos a mesma situação. Em criança dormindo não se mexe.
Resumo da ópera, 7 horas depois, assim que ele acordou, eu fui trocar a bendita fralda colocada às 8h30 da manhã. Estava cheia porém sem despedaçar e não vazou uma gota. No dia anterior, eu havia passado por uma experiência péssima com a Pompom Protek Baby, que vazou em duas horas apenas. Nem preciso dizer que fiquei feliz da vida com a Babysec né?

O único ponto negativo, a meu ver, é que ela é perfumada. Mas dos males o menor!

Pontos positivos: preço pra lá de bacana, formato confortável, lembra a Pampers, não esfarela mesmo com muito xixi, não solta gel, tem fecho abre-fecha em velcro, possui elástico na cintura (nas costas) e revestimento suave tipo tecido - sem falar que é uma gracinha com suas estampas da Galinha Pintadinha e sua turma.
Pontos negativos: é perfumada.
Preço: entre R$ 12,99 a R$15,99


Recomendadíssima

PS.: isso não é jabá e não ganhei nada por isso. 

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Falando sobre saúde - o Leite de Cabra

Apesar de ainda muito pouco divulgado para nós, hoje eu vou falar sobre um produto maravilhoso e no qual vale a pena investir: O leite de cabra Caprilat.
 Muitas de nós temos dúvidas com relação ao leite de cabra, por achá-lo um tanto quanto exótico. Tem gente pensando que causa alergias ou intolerância, o que é exatamente ao contrário. Para algumas situações, essoas alérgicas ao leite de vaca encontram no leite de cabra uma excelente alternativa. Importantes estudos apontam inclusive que o leite de cabra tem muito mais efeitos positivos em nossa saúde do que se imaginava. Ele pode, por exemplo, melhorar o uso metabólico do ferro, cálcio e fósforo, contribuindo para a melhor fixação destes minerais no organismo. O que pouca gente também sabe é que o leite de cabra é digerido mais facilmente que o de vaca. Enquanto ele leva cerca de 40 minutos para ser digerido, o leite de vaca pode ficar até duas horas até sua metabolização. Com toda essa rapidez, há menor fermentação, menor resíduo intestinal e menos gases! :-)




 LEITE DE CABRA PARA A CRIANÇADA

Agora que você leu até aqui, deve estar se perguntando sobre o motivo desta postagem. Simples: quero dividir com vocês as informações que recebi e das quais tenho feito bom uso. Você sabia, mamãe, que o leite de cabra é bastante similar ao leite humano? E que pode - e deve - ser usado no lugar do leite de vaca?
  • Além de excelente fonte de cálcio, que ajuda a prevenir a osteoporose, o leite de cabra possui o poder de combater anemia. Sem falar, claro, que é considerado hipoalergênico por conter menos caseina alfa-1. Contém alto valor nutricional e 20% menos colesterol em comparação ao leite de vaca. Fala-se também na função de prevenção de tumores. Com tantas informações e benefícios, eu já incluí na dieta da família o Leite de Cabra Caprilat. 



 Miguel adora e eu dou sem medo porque sei que estou oferecendo o melhor. E acreditem, em não viria aqui falar naquilo em que eu não acredito.
Se você ainda tem algum receio, pode começar saboreando os iogurtes à base de leite de cabra, ou ainda os famosos queijos Feta, Pirâmide, Chabichou, Saint Maure etc. Procure em sua cidade o Leite de Cabra Caprilat e aproveite todos os benefícios que ele oferece à sua saúde e a de sua família!

 Você sabia?

- Na antiguidade, já se conhecia os inúmeros benefícios do leite de cabra. Conta-se que Cleópatra tomava banhos de imersão com o intuito de embelezar sua pele.
 - O leite de cabra não é utilizado apenas como alimento. A indústria cosmética também se rendeu às suas qualidades e hoje fabrica shampoos, condicionadores, cremes hidratantes, sabonetes etc.
















 

terça-feira, 15 de julho de 2014

Arthur, 7 meses

Hoje meu gordinho completa 7 meses. Incrível como o tempo passa rápido sem que a gente se dê conta disso, né? Parece que foi ontem que eu saí de casa assustada, cheia de dores, porque ele simplesmente resolveu passar pro lado de cá sem prévio aviso! A coisa tinha ficado séria, eu teria que dar conta, chupar mais essa manga!!! Pois é! E lá se vão 7 meses de muitos outros que virão. Meses não. Anos, décadas. Porque o que mais quero é que esse carinha aqui tenha vida longa e próspera. Não demora muito e esse pingo de gente já vai estar andando pela casa, fazendo a maior farra com o maninho Miguel (e meus cabelos brancos irão aparecer em profusão).
Arthur, meu anjinho, parabéns por mais um mesversário! Muita saúde pra você! Te amo muito!


terça-feira, 8 de julho de 2014

Remédio para dor

Aqui a chantagem impera, minha gente. Desde quando dor de barriga se cura no colo??? Vejam isso! 
Eu lavando louça e o Miguel encosta dizendo:
- Mãe, dá colo.
- Filho, eu to lavando louça. Espera.
- Mãe, dá colo. To cum dô baíga. 
- Vai fazer cocô então.
- Não. Dô baíga num sai cocô. Sai colo. (Explicando que a dor de barriga dele só vai se curar no meu colo).
Largo a louça de lado, vou pega-lo no colo. Sentada, claro. Eu não aguento mais o peso da criança.
- Em pé mamãe. Dá colo em pé. Igal nenê! Dá colo, mamãeeeeee...

domingo, 29 de junho de 2014

Sucos e papinhas - começando

Sempre que se tem um segundo filho, as coisas ficam bem mais fáceis em todos os aspectos. Com a alimentação não é diferente. A gente já sabe como proceder. Está sendo assim com o Arthur: não precisei ficar à mercê das orientações do pediatra, mesmo porque a consulta dele seria muito tardia com relação ao tempo certo para a introdução das famosas papinhas. Já fui, por conta e experiência próprias, introduzindo gradativamente, o suquinho, as frutinhas e a papinha salgada. Bem diferente do Miguel (como mãe compara os filhos né?) o Arthur não se mostrou um comilão. Até dá trabalho na hora do papazinho. E olha que eu sou muito caprichosa e cuidadosa com o cardápio dos meus pimpolhos, hein? Mas como diz o ditado: "água mole em pedra dura, tanto bate até que fura" e um dia, que espero não demorar, ele será o fã nº1 das delícias da mamãe!

Agora, fotos, porque é disso que nós mamães-coruja gostamos!



Papinha de banana

 
Até que ele aceitou bem a frutinha

Boca suja de papazinho

O primeiro suquinho do Tuco

A primeira sopinha (depois foi amassada para virar papa)

Alguém não curtiu a experiência da comida salgada!

Nasceuuu!!!

Chegou um mês antes do que eu estava acostumada. Não tão silencioso, fez o Tuco chorar, se contorcer e babar. O primeiro dentinho acabou de despontar naquela boquinha linda que eu não me canso de apreciar.

Lembro bem, o Miguel apresentou o primeiro dentinho aos 7 meses de vida. Também reclamou horrores, afinal a joça toda dói e coça, não deve ser muito agradável né? pelo menos não me recordo disso heheh
Já o senhor Arthur, que gosta de antecipar tudo (resolveu se implantar em meu útero ao menos um ano antes do planejado, nasceu quase um mês antes do previsto, perdeu o umbigo com 5 dias), agora resolveu perder a linda banguela antes do irmão. É, minha gente, agora ADEUS banguelinha! Vou sentir tanta saudade disso! Mas a vida é assim, sempre evoluindo e jamais regredindo, né?
Arthur tem 6 meses agora. Nesta semana ele quis morder meu dedo e no meio de toda aquela babação, percebi uma coisa durinha, como uma pontinha de prego, espetando pra valer. A outra novidade é que Tuco já está comendo papinhas doces e salgadas (embora não tenha curtido nenhuma delas). Definitivamente, cadê meu bebezinho???

sexta-feira, 27 de junho de 2014

A primeira festa junina do Miguelin

Santo Deus! Estava espiando, já faz quase um mês que não dou as caras por aqui! Pudera! Miguelin tá de férias, o Arthur anda num fogo total (junta doença+dente nascendo+carência) e eu sou uma só. Falta braço pra tanta criança! Mas isso é assunto para outra postagem, tá?
Agora quero mostrar a primeira festa junina do meu anjo Miguel. Nem preciso dizer que ele curtiu muito, dançou até (eu pensei que o bichinho travaria na hora H, que nada!
Apreciem sem moderação!!!

Já tenho filhos com bigode! 

Avancêêê! Tour!!!!

Com a professora querida!

Pescaria para ganhar a prenda


segunda-feira, 16 de junho de 2014

A saga do bolo dos 6 meses

Para o Miguel, talvez pelo encanto que o primeiro filho traz, também pelo dinheiro e tempo disponíveis, a questão é que a cada mês completado, eu fazia um bolo para comemorar. Foi assim até  primeiro ano de vida.
Mas o Arthur, coitado, chegou em tempo de vacas magérrimas e sempre tinha um empecilho para o tradicional bolinho de mesversário. Até que eu consegui um tempinho extra, juntei uns ingredientes e tchanããããm: fiz o bolo de 6 meses. Não foi fácil completar a missão. Afinal, o Arthur quase não dorme durante o dia e o pai não quer saber de maneira alguma de cuidar dele. Acabou que eu levei um dia inteiro para bater e assar o bolo, esfriar, rechear e cobrir.
E quando tudo ficou pronto, já passava das 22 horas e o aniversariante tinha sido vencido pelo cansaço.
...
#fail

Eu e meu bolo fail.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

CONTO DE UMA NOITE DE MÃE (fato verídico)



Uma noite. Duas. Três. Quatro, cinco, seis, sete... perdi as contas. Acho que já passa de duas semanas nessa vida loka. Arthur decretou, não dorme à noite. Nem eu. Vou contar como tem sido por aqui. Em especial, como foi essa última noite para mim.
O pobre pai dorme no sofá gelado e duro, já que a cama acabou ficando pequena para a mãe, um bebê e uma insônia. Ele precisa se refazer para enfrentar o dia de trabalho.
Eu protelo ao máximo a minha ida para a cama, já traumatizada, porque sei que nem deitar direito poderei. O frio come solto madrugada adentro e eu ali, fazendo as vezes da plantonista "incansável". Arthur deseja mamar. Cochila, mas logo acorda, parece assustado. Às vezes se acalma logo, noutras é como se fosse tomado por um terror. E chora, chora. De repente, a calmaria. Não nesta última noite, mas às vezes até o Miguel sai da cama incomodado com tanta balbúrdia. O relógio não perdoa, não para, o tempo vai avançando e eu confesso que às vezes eu desejo mesmo que aquilo acabe e o dia amanheça logo. É muita tortura. Frio. Sono. A cabeça dói, o corpo moído, os olhos insistem em fechar, as pálpebras pesadas, colando. Mas o Arthur continua ali, meio tirano até, me proibindo o tão necessário descanso. Algumas vezes o terror termina às 6 da matina, e eu posso dormir umas 2 horas com sorte. Hoje não foi assim. Arthur permaneceu acordado. 7 horas. 7 e meia. 8 da manhã. Miguel levantou duas vezes e eu enérgica, mandei ele voltar para sua cama. Cedo demais. Frio demais, chuva. Eu não poderia arcar com duas crianças mal humoradas. Preparo uma inalação para o Arthur, ele está resfriado. Herança do Miguel. Depois que começou a frequentar a escolinha, nunca passou mais de uma semana sem que o nariz escorresse, ou que tivesse uma tosse chata. Me avisaram!
Inalação feita, ele começa a soltar pum, tem um pouco de cólica. Quer meu colo. Quer mamar. Resolve brincar, mas logo chora. Ouço lá no outro quarto, Miguel se bater na cama, fungar. Acho que ele está acordando de novo. Catso! Como é difícil! Isso não ensinam na escola! Continuo ali, firme e forte: nana nenê, nana! Finalmente, Arthur relaxa e começa a ficar mais molinho, adormece. Eu ajeito ele no cafofinho ao meu lado na cama. Me cubro com o edredom, estico meus cambitos. Ahhh, delícia. Que sensação maravilhosa, tão quentinho e...

"-Mamãe, mamãe! Qué vê gainha!"

Não tem jeito. Salto da cama, ainda tento negociar: "Vamos deitar eu e você lá no seu quarto. Vamos dormir abraçadinhos." Mas não tenho sucesso. Ele quer brincar, quer ver TV. E eu, bem... eu tenho um longo dia pela frente, casa suja, roupa para lavar,crianças precisando de uma mãe disposta (cadê ela?). 

domingo, 1 de junho de 2014

Overdose de fofura

Oi, pessoas! Tudo bem com vocês?
Aqui tudo joinha! Miguel fanfarrão como sempre e Arthur crescendo rapidão! Mas como ele está agora em meu colo e eu detesto escrever com apenas uma mão, o post de hoje é só de fotos. Tenham todos vocês uma overdose de fofura!!!
Bom começo de mês!

1ª bananinha do Tuco: será que ele gostou?

Miguel indo pra escola.
Chorão lindo!
Boleiro!
Com as roupas herdadas do mano.

Todo independente na van escolar.
Banho é bom!
Caubói
Minhas crias


Eu que fiz!



sexta-feira, 25 de abril de 2014

A primeira infecção a gente nunca esquece


Na última quarta-feira, dia 23, o Arthur amanheceu ardendo em febre. Chorava muito. Em várias tomadas de temperatura, o termômetro acusava 39 a 39,6 graus. Muito alta, ainda mais pra um bebê de 4 meses. A verdade é que dias antes, ele vinha chorosinho, pra não dizer puto mesmo, mas eu pensei que era resultado das vacinas dos 4 meses, que são agressivas e deixam a criança irritadiça.
Como não havia febre e nenhum outro sintoma, não liguei mesmo. Mas essa explosão de temperatura me deixou assustada. Pensei até em dengue, porque Jaú passa por uma epidemia monstruosa da doença e aqui em casa, tanto eu quanto o Flávio tivemos.
Bom, a questão é que o hospital que atende os "dengosos" só abria após o almoço. Dei um antitérmico nele e aguardei.
Passamos a tarde toda no hospital, havia mesmo a suspeita de dengue, mas também para infecção urinária.
Fizemos nele exames de sangue e urina, com pedido de urgência para os resultados. Com os números em mãos, eu mesma constatei que ao que tudo indicava, tínhamos ali uma bela infecção e a dengue poderia ser descartada. Como o dia já havia terminado e os médicos foram todos embora (o hospital atende apenas das 13 às 17h), precisamos nos deslocar para outra unidade de saúde, pelo menos tínhamos em mãos os exames. Uma nova pediatra o atendeu e confirmou a infecção. Resumo da ópera: 10 dias de antibiótico e novos exames após esse período.
Ao que tudo indica, Arthur já respondeu bem ao tratamento. O que me espanta é que em 4 meses, ele já teve tosse, coriza, infecção de urina, isso sem falar no susto que nos deu com poucos dias de vida (e também pelo fato de ter nascido quase um mês antes do previsto). Não querendo fazer comparações, mas já fazendo, o Miguel não dava trabalho nesse aspecto. Era e é, muito forte! Eu brinco que ele é um Fusquinha: é só abastecer e sair rodando! Já o Tutis é mais delicado.
O segredo disso tudo é um só: sempre manter a calma e tudo fica mais fácil. Uma mãe medrosa, nervosa, atrapalha ao invés de ajudar. Os filhos percebem!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Trabalho Mais Difícil do Mundo

Está rolando na net um vídeo muito interessante. Trata-se de um recrutamento para uma vaga inusitada de emprego, onde o candidato deverá ter noções de culinária, executar trabalhos braçais incessantes e até manjar de medicina. 24 horas por dia, 7 dias na semana, todos os dias do ano, sem direito a feriado e muito menos ficar doente. Refeições só quando der e se der. Uma verdadeira loucura, não? O mais surpreendente está por vir: sem receber um tostão furado!

E saber que tem tanta gente mergulhada nesse desafio, incluindo euzinha!



Profissão: MÃE!





segunda-feira, 17 de março de 2014

O tratamento do Tutu

Esses dias estão muito tumultuados aqui em casa. Total e geral.
Eu com virose ioiô. Vem e vai. E vem de novo. E vai...
Miguel com virose. Já passou. Ufa. Dá-lhe cueca com freada, minha gente!
Papai com dengue.
E o Tutu, ainda que bem de saúde, está se tratando. Lembra do torcicolo congênito? (Ai, será que eu citei isso?)
Entonces... Arthur precisa de fisioterapia e as sessões propriamente ditas começaram hoje. Ele chora um bocado, é preciso interromper os procedimentos a todo instante para dar colo e acalmar a ferinha, para só então dar continuidade. E o pior, tudo isso em apenas meia hora. Juro, demoro mais para fazer o trajeto até o local onde é feita a terapia do que a coisa em si.
Com os exercícios, ele deverá recuperar o movimento normal do pescoço e também obter a normalização do crânio (o fato de ficar muito tempo apoiado de um lado só achata a cabecinha).
Amanhã teremos pediatra e vacinação. Semaninha cheia a minha!
Ah, e pra concluir, Arthur completou 3 meses no último dia 15. Vejam como está lindo esse meu neném!



terça-feira, 4 de março de 2014

É duro ser PLUS!

Quem me vê hoje mal imagina que há cerca de uma década atrás eu era o que hoje a mídia e a moda consideram como um modelo de beleza: seca e arreganhada. Mas alguns fatores contribuíram para que meu metabolismo mudasse a ponto de eu ganhar mais de 30 kg. Hoje não me considero obesa, mas sim, tenho o peso considerado acima do ideal, ainda mais depois de ter enfrentado dois partos. Não tem corpo que aguente, principalmente quando não se tem a oportunidade de cuidar do corpo com alimentação super balanceada e academia. Eu como o que tem, quando dá e meu exercício é levantamento de bebê, arremesso de fralda e dança da vassoura.
Acho que uma das piores coisas quando seu corpo não está dentro dos padrões é na hora de comprar roupas. Pelo menos quem tem noção do ridículo, corta um dobrado nessa hora.
No último final de semana, saímos para comprar algumas peças de roupa, incluindo as íntimas. Eu juro, passei por 5 lojas e não encontrava nada que me servisse - ou que ficasse ao menos apresentável. Se havia uma peça bonita, a numeração oferecida era baixa. Nunca a minha. Calcinhas? Todas minúsculas, daquelas que somem no meio da sua abundância. Pior é que na moda tudo é extremo: ou se tem coisas lindas mas com numeração de cocota, ou se tem roupa da tia, para as mais cheinhas. Calcinhas, ou são pequenas lembranças de tecido, praticamente tapa-sexos, ou então aquelas coisas gigantescas tipo "biruta de aeroporto".
As opções realmente legais para quem está com um "Q" a mais sãomuito escassas! É preciso andar muito, fazer bolhas nos pés até encontrar algo que realmente vista bem, valorize seu PLUS, sem ser antiquado.
Peraí, gente, eu não quero sair à rua vestindo bermuda de cotton e camisetão do marido! Eu quero usar vestidos que me valorizem, calças e shorts com bons cortes, blusas que levantem o meu astral! Lingeries que me deixem femininas, e não sacos que escondem tudo, até minha auto-estima!
Aos fabricantes, fica aqui a minha dica! Saibam separar peso da faixa etária e todo mundo fica feliz!




sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ficando Mãeluca

Ando sumida, eu sei. Mas o motivo vocês devem imaginar: agora sou mãe de dois. Aliás, sou mãe de dois e dona-de-casa. Não, peraí. Sou mãe de dois, dona-de-casa e sorveteira. É meninas! Não bastassem todas as atribuições do cargo domiciliar e maternal, agora faço sorvetes artesanais e que estão sendo o maior sucesso! Bom né? Mas por conta disso, me falta tempo e gás para vir aqui contar o que vem acontecendo. Mas como não quero deixar a peteca cair, acho que está na hora de dar as caras e falar ao menos um tiquinho do que vem rolando cá conosco.

Eu
Tô bem, tô zen: zen cortar nem pintar os cabelos, zen pintar azunha, zen tempo de mais nada. E só.

Arthur
Com dois meses, mais do que dobrou de peso desde que nasceu. Tá um meninão grande, fofucho. É um anjo de menino. Calmo até, eu diria. Estou verdadeiramente apaixonada por esse guri. Estou curtindo bastante reviver tudo novamente. Embora dê muito trampo, é realmente compensador.



Miguel
Esse é fodaaaa! Já dizia o Cumpadi Washington: "pau que nasce torto nunca se endireita". Bichinho é bonito mas ordinário, ahahahahahah! Não tem parada, parece que tem um percevejo picando o traseiro 24 horas por dia. Agora deu pra falar e cantar o dia inteiro. Deixa a gente doidinha de pedra. Pior ainda que é um tremendo teimoso - o que posso eu querer? Teimosia deve ser genética! Dizem que essa idade é a adolescência aos 3 anos. Como assim? Vou passar por isso agora e depois? Desse jeito não dá pé, visse? Miguel aprendeu a dizer NÃO pra tudo. Tudo mesmo:
"-Quer comer?"
"-Não!"

"-Vamos tomar banho!"
"-Não!"

"-Deixa o seu irmão em paz!"
"-Não!"

"-Gosta da mamãe?"
"-Não!"

"-Que tal tomar um tetê?"
"-Não!"

Como domar um pequeno tirano como esse? Tem mais gente passando por isso? Como vocês têm lidado com isso? E a paciência, rola ainda ou já era? Sei lá, minha última esperança era a ida para a escolinha, mas me parece que ele está ganhando mais "força" para suas peraltices.
Se continuar assim eu vou ficar mãelucaaaaaaaa!








segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

40 semanas

Se o Arthur não tivesse resolvido vir antes, hoje seria o dia em que completaria 40 semanas de gestação. Estaria talvez indo hoje para o hospital, tendo contrações ou até quem sabe, esperando por uma cesárea.
Porém ele chegou há 22 dias, sem dar recado, sem avisar. Chegou chegando. E tanta coisa aconteceu nessas 3 semanas, meu Deus! Tanta coisa! Rolou de tudo: susto, doença, ciúmes, momentos deliciosos e outros nem tanto assim.
Arthur é uma criança calma, bem diferente do que foi e é o Miguel. Não sei até quando. A única reclamação é que ele gosta de ficar acordado à noite, mamicando, me fazendo de chupeta e com isso, não durmo. Mas dou um desconto, ele ainda é muito novinho para saber de cor os horários da casa, rsrs.

A vida mudou bastante, principalmente para o Miguel e para mim. Mas não reclamo não. Apesar do cansaço, sei que uma hora isso tudo vai mudar e finalmente entrar nos eixos. Ter filhos é a coisa mais gostosa desse mundo!

Miguel 3 anos e Arthur, 3 semanas

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dias terríveis

Eu tinha tanto assunto para contar, tanta coisa pra comemorar, mas os últimos dias foram muito ruins por aqui. Turbulência total!
A começar por mim, que tive os pontos da episiotomia abertos e inflamados, com uma dor de arrancar pica-pau do toco. Queria sumir.
Daí, o Miguel fica ruinzão. No dia 19, foi pro PS com febre alta. A pediatra do plantão, que chamarei de Potira - e que parece que tem xilique crônico ou mal de Alzheimer - diagnosticou garganta infeccionada e passou uma porrada de antibiótico e antiinflamatório. Sorte que o Miguel não quis engolir, cuspiu tudinho. Porque no sábado, esse menino começou a passar mal. Febre, gemia de dor, vomitou, chorava, dizia que doía a barriga e o bumbum. Parecia querer evacuar e nada. De volta para o PS, o médico plantonista pediu exames, como sangue e raio-x. Enquanto esperava o resultado, botou o Mi no soro, deu antitérmico. Mais tarde, o diagnóstico: constipação intestinal severa. Fizeram lavagem. Veio pra casa já de madrugada, mas visivelmente melhor. Eu não pude acompanhar, tinha o Arthur para cuidar. Então fiquei aqui em casa sofrendo, ansiosa... dureza.
E na véspera de Natal, outro susto. Começava outro calvário: Arthur com febre. Um bebezinho de 9 dias com febre é muito preocupante. PS novamente. Uma chuva de diagnósticos, incluindo reação à BCG - que não costuma dar febre, mas os médicos insistiam. E nessa dança do Pronto Socorro, passamos uma semana correndo atrás, entre exames e corridas. O desespero que eu senti, não desejo pro meu maior inimigo! Chorava todo dia, a toda hora. Dei a causa por perdida, pensei que perderia meu tomatinho. Por sorte, contamos com o apoio de uma profissional amiga muito querida, que mesmo de longe, nos orientou o tempo todo. Também fomos para outra cidade, atrás de pediatra - tentativa frustrada porém. E no fim, foi aqui mesmo, com o chefe da UTI Neonatal, que descobrimos o que estava acontecendo. Vou resumir.

Tenho bastante leite. Mas só isso não basta, preciso de paz para amamentar, senão o leite não vem. Eu sozinha com duas crianças. O Miguel com sua ciumeira, não me deixava cuidar direito do bebezinho. E como o Arthur ficava grudado no peito, eu até achava que estava tudo bem, mas não estava, não!
Ele não conseguia ingerir a quantidade de líquido suficiente e começou a desidratar. Juntando ao calor que vinha fazendo, o processo se intensificou. Mas eu com toda a carga de stress não percebi. E sim, estou com depressão pós-parto. Ao saber, chorei e me culpei, mas tinha que reagir, pro bem do meu Tutuzinho.
Corrigido esse problema - Miguel ficando meio período com a avó, eu complementando as mamadas com Aptamil - em um dia a situação se normalizou. Gente, foi como um passe de mágica.
Hoje o Arthur está super bem, até está mais gordinho. Aliás, segunda-feira dia 6 temos consulta com o pediatra e irei confirmar as novas medidas dele.
Fica aqui o alerta para todas as mamães, de primeira viagem ou não. Vigiem sempre, amamentem com calma, peçam ajuda mesmo. Todos saem ganhando!

Meus dois anjos