quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Dias terríveis

Eu tinha tanto assunto para contar, tanta coisa pra comemorar, mas os últimos dias foram muito ruins por aqui. Turbulência total!
A começar por mim, que tive os pontos da episiotomia abertos e inflamados, com uma dor de arrancar pica-pau do toco. Queria sumir.
Daí, o Miguel fica ruinzão. No dia 19, foi pro PS com febre alta. A pediatra do plantão, que chamarei de Potira - e que parece que tem xilique crônico ou mal de Alzheimer - diagnosticou garganta infeccionada e passou uma porrada de antibiótico e antiinflamatório. Sorte que o Miguel não quis engolir, cuspiu tudinho. Porque no sábado, esse menino começou a passar mal. Febre, gemia de dor, vomitou, chorava, dizia que doía a barriga e o bumbum. Parecia querer evacuar e nada. De volta para o PS, o médico plantonista pediu exames, como sangue e raio-x. Enquanto esperava o resultado, botou o Mi no soro, deu antitérmico. Mais tarde, o diagnóstico: constipação intestinal severa. Fizeram lavagem. Veio pra casa já de madrugada, mas visivelmente melhor. Eu não pude acompanhar, tinha o Arthur para cuidar. Então fiquei aqui em casa sofrendo, ansiosa... dureza.
E na véspera de Natal, outro susto. Começava outro calvário: Arthur com febre. Um bebezinho de 9 dias com febre é muito preocupante. PS novamente. Uma chuva de diagnósticos, incluindo reação à BCG - que não costuma dar febre, mas os médicos insistiam. E nessa dança do Pronto Socorro, passamos uma semana correndo atrás, entre exames e corridas. O desespero que eu senti, não desejo pro meu maior inimigo! Chorava todo dia, a toda hora. Dei a causa por perdida, pensei que perderia meu tomatinho. Por sorte, contamos com o apoio de uma profissional amiga muito querida, que mesmo de longe, nos orientou o tempo todo. Também fomos para outra cidade, atrás de pediatra - tentativa frustrada porém. E no fim, foi aqui mesmo, com o chefe da UTI Neonatal, que descobrimos o que estava acontecendo. Vou resumir.

Tenho bastante leite. Mas só isso não basta, preciso de paz para amamentar, senão o leite não vem. Eu sozinha com duas crianças. O Miguel com sua ciumeira, não me deixava cuidar direito do bebezinho. E como o Arthur ficava grudado no peito, eu até achava que estava tudo bem, mas não estava, não!
Ele não conseguia ingerir a quantidade de líquido suficiente e começou a desidratar. Juntando ao calor que vinha fazendo, o processo se intensificou. Mas eu com toda a carga de stress não percebi. E sim, estou com depressão pós-parto. Ao saber, chorei e me culpei, mas tinha que reagir, pro bem do meu Tutuzinho.
Corrigido esse problema - Miguel ficando meio período com a avó, eu complementando as mamadas com Aptamil - em um dia a situação se normalizou. Gente, foi como um passe de mágica.
Hoje o Arthur está super bem, até está mais gordinho. Aliás, segunda-feira dia 6 temos consulta com o pediatra e irei confirmar as novas medidas dele.
Fica aqui o alerta para todas as mamães, de primeira viagem ou não. Vigiem sempre, amamentem com calma, peçam ajuda mesmo. Todos saem ganhando!

Meus dois anjos

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