Refluxo em bebês
Muito comum nos primeiros meses de vida, o desconfortável refluxo provoca choro constante. Tudo porque o alimento, em vez de ir sempre em frente, corre na contramão
Por Camila da Veiga
Durante a digestão, os alimentos seguem uma direção única. Há casos, no entanto, em que ocorre um desvio de rota, o que provoca o desconforto conhecido como refluxo. Os bebês, que se alimentam basicamente de líquidos, costumam ser as principais vítimas. O leite embarca numa viagem maluca, de lá pra cá, de cá pra lá - mais precisamente do esôfago para o estômago e do estômago para o esôfago. Já os sólidos não voltam na contramão com tanta facilidade. O resultado dessa contravenção digestiva é a azia, provocada pela acidez do estômago e também do esôfago. Em alguns casos, o refluxo fisiológico acontece sem o regurgito e pode até ser confundido com cólica.
A principal causa de todo esse transtorno é a pouca idade. Como um profissional ainda sem experiência e habilidade para desenvolver suas tarefas, o ainda imaturo esfíncter inferior do esôfago - uma espécie de válvula entre esse órgão e o estômago - não consegue impedir com tanta eficiência que o alimento faça o percurso inverso. Os movimentos de contração que empurram a comida - no caso, o leite - para o caminho certo também não são lá tão eficazes.
"É uma situação própria da idade", esclarece a pediatra Yu Kar Ling Koda, do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. "Quanto mais novo o bebê, maior o risco de refluxo." A solução vem mesmo com o tempo. "Geralmente o problema diminui a partir dos 6 meses e acaba por volta de 1 ano", conta o pediatra Mauro Toporovski, da Sociedade Paulista de Gastroenterologia Pediátrica e Nutrição. Isso porque o sistema digestivo passa a funcionar com mais competência.
Para diagnosticar o refluxo, nada melhor que o próprio relato da mãe. Mas também existem exames, como a radiografia contrastada, que verificam se o distúrbio tem origem em algum problema anatômico. Um outro, chamado PHmetria, detecta a acidez do esôfago com uma espécie de sonda introduzida pelo nariz. Para tratar o refluxo, medidas práticas podem ser úteis. Há casos, porém, em que é preciso entrar com medicamentos. Os procinéticos, por exemplo, aceleram o peristaltismo (movimento de expansão e contração do esfíncter inferior), enquanto os antiácidos neutralizam a secreção de sucos digestivos no estômago.
Refluxo nos bebês: o que fazer para amenizar o problema
Por Camila da Veiga
- Troque a fralda antes da mamada. Ou espere que a digestão se complete para fazê-lo. Agitar o bebê, seja trocando-o, brincando ou passeando com ele após a refeição, aumenta o risco de o leite voltar do estômago para o esôfago - e aí é incômodo e choro na certa.
- Estômago muito cheio é sinônimo de refluxo, já que o esfíncter ainda não funciona tão bem. O jeito, então, é fracionar a dieta, ou seja, oferecer menor quantidade de leite e distribuir a cota diária ao longo do dia, em várias pequenas refeições.
- Na hora da mamada, coloque o bebê em posição mais vertical. Assim a possibilidade de o alimento voltar é bem menor do que seria se você o mantivesse deitado.
- Experimente deixar o berço inclinado num ângulo de 30 graus, com o bebê deitado do lado esquerdo. A mudança favorece o deslocamento da bolha gástrica do estômago para perto do esôfago. Assim, forma-se uma barreira de ar que dificulta o refluxo. São medidas simples que podem garantir um sono tranqüilo.
Do site e-familynet Agora eu que vou falar...
Eu juro, to muito cansada. Com um mau humor do kct, do tipo "mato o primeiro que aparecer".
Deus que me perdoe, mas tem hora que eu fico imaginando com saudade a minha vida a uns meses atrás. Eu dormia!
Bom, vocês sabem que o Miguel tem refluxo. Essa porcaria judia do bebê e também dos pais. O bebê sofre com o incômodo e a queimação - você já se imaginou vomitando o dia todo? Os pais, por sua vez, sofrem pela exaustão das noites mal dormidas - ou não dormidas, como é meu caso. Sofrem por ver o filho sofrendo. Enfim, é tudo uma coisa horrorosa!
E não pensem que eu posso dormir durante o dia! Já não dá! O Mi tem passado dias e noites dormindo o mínimo do mínimo, pois logo acorda chorando, todo manhoso, mordendo minha teta, se espichando! A técnica do enrolar já não resolve mais, tamanho o desconforto. Pobrezinho! E eu acabo ficando mais e mais estressada, claro. Eu praticamente acampei no meu quarto. Aqui eu fico com ele, aqui faço minhas refeições, só não uso penico e tomo banho, só falta isso pra ferrar de vez. Não posso sair de perto dele, senão ele engasga. Preciso mantê-lo no colo em posição elevada, senão ele regurgita tudo o que mamou. Aí ele fica com fome e quer mamar. Ele mama e arde tudo por dentro. Fica puto e morde meu bico. Eu fico nervosa com a dor (uma das) e choro. E a coisa vira uma bola de neve imensa. Não permiti até agora uma visita sequer, justamente porque não dá pra ter espírito pra nada! Imagina só receber alguém nesse caos todo, o Miguel irritado, chorando, eu com sono cambaleando e mal humorada e a casa abandonada porque eu não consigo fazer nem cocô, quanto menos limpar algo.
Amanhã é dia de retorno no pedi, vou trocar umas idéias com ele e ver o que mais podemos fazer além do que está sendo feito, se existe um plano B.Sei lá, trocar os remédios, dar leite anti-refluxo, mudar mais algo na dieta, não sei... isso precisa melhorar (porque eu sei que cura, só com o tempo).
3 comentários:
É Dri, ás vezes tenho a impressão que as mamães estão à ponto de surtar!
Está sendo tão tumultuado pra vcs.
O que desejo pra vc é paciência... porque é o melhor nesse momento.
bjo.
AMIGA SEI O QUE ESTÁ PASSANDO , nATHAN TB TEVE . ESPERO QUE PASSA LOGO
BJSSS
Dri, em primeiro lugar A D O R O as trilhas sonoras do teu blog. Essa atual tem um balanço que me lembra filme de comédia. Amoooo!!
Olha, em relação ao refluxo... realmente é um momento delicado e você mais uma vez precisa ser forte (e você é) pois o Miguel(amo esse nome) vai ter que segurar a onda.
Esse início é punk mesmo. Tive várias turbulencias também, mas vc precisa ser determinada. Pois acontece com muitos bebês, tenho várias amigas que passaram por isso, e com o tratamento certo seus babys melhoraram.
É chato, é. Mas infelizmente pode acontecer. E Miguelzinho tendo a medicação adequada, vai melhorar logo.
Fique tranquila(sei que é difícil), mas o refluxo é bastante comum, vc verá em outros blogues.
E vai perguntando as outras mães, é importante ter o máximo de informações.
um, bjão e força na peruca!!!
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