Como já cantava o Tremendão:
"Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...
Vejam como é forte
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...
Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu à luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...
O outro já reclama
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher..."
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas...
Vejam como é forte
A que eu conheço
Sua sapiência
Não tem preço
Satisfaz meu ego
Se fingindo submissa
Mas no fundo
Me enfeitiça...
Quando eu chego em casa
À noitinha
Quero uma mulher só minha
Mas prá quem deu à luz
Não tem mais jeito
Porque um filho
Quer seu peito...
O outro já reclama
A sua mão
E o outro quer o amor
Que ela tiver
Quatro homens
Dependentes e carentes
Da força da mulher..."
Não é por nada não, mas ontem eu entendi (de uma vez por todas) o quanto essa música nos faz justiça! Estive na ativa por 19 horas seguidas. DEZENOVE horas no pau absoluto, sem parada, sem moleza, sem negociação.Muito mais que o dobro de um expediente normal de quem trabalha fora! Um anjinho precisava de mim!
Acordei às 4 da matina, quando ele pedia meu peito para saciar a fome. Lá vou eu, aproveitando o momento para dar a bateria de remédios. Nisso notei que havia acontecido um acidentezinho envolvendo sujeira dentro do berço dele. Ou seja: o pai trocou a fralda, eu dei o remédio, amamentei, ninei, levantei-me e comecei a lavar bichos de pelúcia (um urso e uma estrela), duas almofadas, a capa da almofada de amamentação, uma toalha de banho. Lavei tudo no banheiro, lá fora o tanque estava com problemas. Torci tudo na mão, mas o banheiro por sua vez ficou o caos. Lavei o banheiro. Tudo com a adrenalina a mil. Quando terminei tudo, caí na cama, chorando de nervoso e esgotamento. Mas eu não podia fraquejar. O Flávio já ia saindo pro trabalho e eu tinha que me garantir. Miguelzinho estava todo desperto. Parecia que sabia que era o niverzinho dele. Cantei parabéns, alimentei, brinquei, cantei. Quando ele sossegou, lá fui eu espanar móveis, limpar o chão, aspirar o quarto dele e a casa. Mais atenção ao Mi. Almoço. Era dia de vacina, dei um banho nele. Assim que o envolvi na toalha, blurp - ele vomitou pelo pescoço e peito. Voltei com ele pra banheira - só faltava ficar fedido 10 segundos após o banho! Novamente fui secá-lo e trocar. Uma mijada na minha barriga pra arrematar. Limpei tudo e segui adiante. Me troquei sem banho mesmo. Botei Miguel no bebê conforto, mais o carrinho, malinha conferida, caderneta de vacinação e zum pro posto de saúde. É tão difícil sair sozinha com essa parafernália toda! Cheguei no local, já procurando uma vaga sombreada pra estacionar. Isso significa: parei na putaquepariu + 100 metros.
Aí rola o lance da vacina. Volta pro carro, bota no bebê conforto, desmonta carrinho, guarda tudo, segurando a chave do carro com a boca. Isso tudo com platéia (eu fico P da vida quando me olham fazer algo). Soltei um palavrão que era pra ver se aqueles dois se tocavam e paravam de me olhar. Que nada. Voltando à minha saga, eu queria ter nascido um polvo! Dois braços já não me bastam!
Em casa, o Miguel ruinzinho. Fiquei vigiando, velando seu sono, amamentando a tdo momento. Louça pra lavar. Cozinha pra limpar. Formou um puta temporal, catei tudo o que havia lavado às 4 da matina. O Flávio chegou mega tarde, embaixo daquela ventania toda. Ele agora está correndo contra o tempo para iniciar a construção da nossa casa (deu certo, ééééé, que beleza, assinamos a escritura essa semana). Aproveitei ele em casa e dei mais um banho no Mi, que apesar do Tylenol teve febre. Nesse meio tempo aprendi que não se agasalha a criança com febre, que é pra permitir que o calor escape. Aliás, eu estava certa, apenas o Flávio me meteu essa dúvida na cabeça. Fui pesquisar.
Jantar.
A febre havia cedido com o banho, mas voltou. 38,3ºC, Miguel molinho, tadinho. Chorosinho às vezes, nova dose de Tylenol às 21h. Nada de resolver, então mais uma vez eu enchi a banheira para dar banho. E aí sim, melhorou. Só sei que eu queria mesmo era estender um edredon no chão do quarto dele e ficar por lá. O Flávio não entende essa doação, brigou comigo, mandou eu me olhar no espelho só para ver a minha cara. Pois é, eu parecia mesmo uma coisa de outro mundo, uma "nhana", descabelada, desconjuntada, com as olheiras tingindo de preto metade da minha cara pálida. Bafuda, suada, grudando. Só aí me dei conta que já passava das 11 da noite e que haviam transcorrido mais de dezenove horas de trabalho. Acabei cedendo com muito custo e deixando o Miguel no quarto dele e eu fui pra minha cama. Tanto eu quanto ele, dormimos feito anjinhos. Hoje acordei muito, mas muito baleada. Cuidei dele com a ajuda do Flávio, que sempre troca a primeira fralda da madrugada. Voltamos o Mi e eu pra cama. Mas não para dormir. Nesse momento, estou digitando com o Miguel no colo. E o notebook está apoiado no bebê conforto. Só assim mesmo, ou como eu digo, sendo um polvo, para dar conta.
Quando a gente acha que está no limite, as coisas caminham para te mostrar que não temos limite algum! A partir de agora, passei a entender muito mais e respeitar muito mais a minha mãe e todas as outras mães do mundo, que se anulam muitas vezes simplesmente para garantir tudo de melhor para os filhos.
E mulher sexo frágil? Ahhh, vamos rever isso aí! Sigam o exemplo do Erasmo!
4 comentários:
Ai dri suuuuuuuper me identifico com seus posts!
Minhas olheiras estao de dar medo dem qlq um tb!
Mas eu nem sempre me mato nao!
Qdo nao da nao limpo a casa nao e q se dane! Qdo a anna requer muito de mim (como ontem) eu deixo qlq coisa pra la. Louça, roupa, qlq coisa mesmo! Newm ligo. Logico q da um apertozinho no coração ver a casa uma zona e suja, mas paciencia, eu sou uma só e zéfini!
Ontem por conta da maldita vacina e febre (anna chegou a ter 39.4 de febre) joguei tudo pro alto mesmo! Ainda bem q mninha sogra veio me visitar e ficou com o almoço, louça, cachorro e ainda me ajudou com a nene! Graças a Deus. Sem ela aqui ontem eu tinha enlouquecido tb!
Querida, acho q essa fase maluca passa...rs...minha mae disse q passa, entao eu vou confiar nela...hahahaha
Mas cansa, cansa muitooooooooooo!
Mas vamos q vamos amada!
Ser mulher é isso ai!
Somos mais fortes do q a gente imagina! Isso eu tb descobri depois q a pequena nasceu! rs
Beijooos
Ooohhh, Than, valeu a força aí! Como está a pequenina Anna Laura? E vc, tá viva ainda? Eu to semi-viva. Kkkkkkkkk!Sabe, eu sempre fui ensandecida por limpeza da casa, ainda mais que tenho alguns muitos bichinhos de estimação por aqui, então limpeza é essencial.
O que tá me tirando o sono é que amanhã que seria dia de faxina, eu e o maridão temos que sair para ver as coisas da construção, precisamos dar o play porque até 10 de março, o cronograma precisa ser cumprido. Ou seja, a casa fica pra trás. E a gente vai receber visita. E eu não posso receber ninguém no meio do campo de concentração que a casa está. Preciso dar conta disso mesmo com a coluna quebrada, com as pernas moles e a cabeça zuada. Hahahah, eu tô o verme do cocô do cavalo do bandido.
bjokas
super mãe, hein?!
melhoras para o baby, essas vacinas são chatinhas mesmo (mas necessárias) ;)
beijos
putz, sexo frágil são os homens. Que não aguentam essa rotina esquizofrênica que nós aguentamos. No primeiro chorinho já pedem arrego.
Amiga, tive vários dias assim como vc. Do 4º ao 8º mês esse frenezi todo acontecia umas 4x por semana.
Agora ele dorme que nem um anjo com os dois dentinhos aparecendo.
Olha, eu não tenho carro e toda vez que saía com o Gui era no Sling. Moro no 2º andar de um prédio sem elevador. Com 2 portões super pesados na portaria do prédio sem porteiro. Pra que? hahahaha Ah, e esse prédio se encontra numa mega ladeira ultragiga. Não tenho opção, as duas portarias estão localizadas em ladeiras ... carrinho? Oi? pra que serve? Saí 3x com ele no carrinho pra nunca mais. Aqui no meu bairro Tijuca-RJ não existe calçadas. Então, o Sling foi a minha salvação, pois carregar o Gui no braço não dá por muito tempo. Com o Sling eu ando o bairro todo, entro e saio das lojas, ônibus, metrô... sempre sozinha né. Me facilitou e muito.
ufa, quase um post.
bjãooooooooooooooooooooooo depois melhora
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