sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Meu pequeno glutão

Quando eu era criança, me lembro bem, eu fazia minha mãe cortar um miúdo por conta da minha falta de apetite. Eu simplesmente não comia nada. Gostava mesmo era de porcarias, do tipo salgadinhos, balas, bolos, chicletes, miojo. Eu era seca feito um pau de defumar linguiça. E na hora das refeições, era aquela guerra, broncas, beliscões, choro e ranger de dentes. E eu sempre acabava com o bucho vazio. Mais tarde eu enchia de guloseima e tava tudo certo. Nisso posso dizer, minha mãe errou, e errou feio. Por causa dessa magreza, tomei muita garrafada feita com ovo de pata, Leite Moça e Biotônico (eu tomava altos porres dessa beberagem). Lembro também dos comprimidinhos rosa que prometiam abrir o apetite. E não abriu nadinha. Nem uma brecha. Eu continuei por anos sendo uma fresca. Teve época em que eu comia apenas panquecas e nada mais.
E na escola a galerinha me zuava muito (criança é um serzinho muito cruel). Meus apelidos eram lindos: filé de borboleta, seriema, esqueleta, Olivia Palito, chassi de grilo, lombriga, girafa... eu poderia passar a tarde toda desfilando os meus carinhosos codinomes. Enfim, isso é passado, posso dizer do alto dos meus 86 quilos pós-gestação.
Por causa desse desarranjo todo na minha trajetória da balança, prometi que cuidaria com atenção da alimentação do Miguel. Não sou nenhum general com relação a alimentação, mas incluí algumas regras básicas, do tipo: jamais substituir uma refeição por alguma guloseima. Se não comer comida, não vai ganhar danone. Isso aqui é lei. Aqui e na Inglaterra. Pode estar na casa da avó, do tio, da Rainha de Copas. A regra não muda. Não quero que ele seja nem magrelo como fui e nem gordo como estou. Quero que ele seja feliz!
Dessa forma, desde que iniciou a degustação de papinhas salgadas, Miguel foi acostumado aos sabores e hoje não rejeita comida alguma, graças a Deus. Ele come docinho, sorvetinho, mas sempre com parcimônia. Desde cedo tem que saber que o que mantém saudável é a comidinha que a mamãe bota no prato, e não o sorvete e nem a batata frita.
Hoje, aos 11 meses, seu prato já está igual ao de um adulto, com o arroz e o feijão em sua apresentação normal, em grãos. Nada mais é amassado. Todos os legumes e verduras são servidos com suas consistências para que ele aprenda a apreciar cada um deles. Dessa forma, Miguel de quebra possui uma saúde de ferro e corpinho forte, sem ser gordo.
Essa é a minha forma de alimentar. E você, mamãe? Como é que lida com esse assunto???

Veja como Miguel come bem! E saudável!

2 comentários:

Maria Heloisa disse...

Oh maravilha né =]
Meu anjinho ainda é pequeno e come bem espero que ele fique assim quando maior.

beijos e um ótimo final de semana ♥

Unknown disse...

Parabéns, eu me sinto super responsável pelos hábitos alimentares que Alice vai ter no futuro, e sou um tanto general, com 15 meses ela ainda não comeu nada com açúcar, e de coisas industrializadas, só pão integral.
Adorei o prato do Miguel, além de saudável, bonito, comida tem que ser boa de ver tb né,
bjs