Quem me vê hoje mal imagina que há cerca de uma década atrás eu era o que hoje a mídia e a moda consideram como um modelo de beleza: seca e arreganhada. Mas alguns fatores contribuíram para que meu metabolismo mudasse a ponto de eu ganhar mais de 30 kg. Hoje não me considero obesa, mas sim, tenho o peso considerado acima do ideal, ainda mais depois de ter enfrentado dois partos. Não tem corpo que aguente, principalmente quando não se tem a oportunidade de cuidar do corpo com alimentação super balanceada e academia. Eu como o que tem, quando dá e meu exercício é levantamento de bebê, arremesso de fralda e dança da vassoura.
Acho que uma das piores coisas quando seu corpo não está dentro dos padrões é na hora de comprar roupas. Pelo menos quem tem noção do ridículo, corta um dobrado nessa hora.
No último final de semana, saímos para comprar algumas peças de roupa, incluindo as íntimas. Eu juro, passei por 5 lojas e não encontrava nada que me servisse - ou que ficasse ao menos apresentável. Se havia uma peça bonita, a numeração oferecida era baixa. Nunca a minha. Calcinhas? Todas minúsculas, daquelas que somem no meio da sua abundância. Pior é que na moda tudo é extremo: ou se tem coisas lindas mas com numeração de cocota, ou se tem roupa da tia, para as mais cheinhas. Calcinhas, ou são pequenas lembranças de tecido, praticamente tapa-sexos, ou então aquelas coisas gigantescas tipo "biruta de aeroporto".
As opções realmente legais para quem está com um "Q" a mais sãomuito escassas! É preciso andar muito, fazer bolhas nos pés até encontrar algo que realmente vista bem, valorize seu PLUS, sem ser antiquado.
Peraí, gente, eu não quero sair à rua vestindo bermuda de cotton e camisetão do marido! Eu quero usar vestidos que me valorizem, calças e shorts com bons cortes, blusas que levantem o meu astral! Lingeries que me deixem femininas, e não sacos que escondem tudo, até minha auto-estima!
Aos fabricantes, fica aqui a minha dica! Saibam separar peso da faixa etária e todo mundo fica feliz!