Gripe forte desanima qualquer pessoa. Mas, para mulheres grávidas, o desconforto é ainda maior. Os sintomas e o mal-estar são potencializados e o tratamento limitado, pois há medicamentos que podem fazer mal à mãe e ao bebê. Então surge a dúvida: como tratar esse tipo de infecção viral no período da gestação?
Assim que a grávida perceber alguns sintomas de gripe, deve procurar orientação médica para que o quadro não se complique. “O problema não é a própria gripe, mas o desenvolvimento de infecções secundárias, comopneumonia, sinusite, faringite ou amidalite”, explica Lizandra Marcondes, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Camilo, em São Paulo.
Antes de pensar nos remédios que serão indicados pelo médico, a gestante precisa se alimentar bem – comer frutas e verduras – e tomar muito líquido. Com o diagnóstico, o tratamento pode começar efetivamente.
Apesar da eficiência, os anti-gripais são proibidos. “Estes medicamentos contêm vasoconstritores como a epinefrina, que pode levar à queda de pressão e causar taquicardia na gestante”, diz Lizandra. Descongestionantes nasais também são contra-indicados e devem ser substituídos pelo soro fisiológico ou soluções hipertônicas para uso nasal.
Segundo Eduardo Souza, obstetra do Hospital São Luiz e coordenador científico da área de ginecologia obstetrícia da unidade Anália Franco, uma das formas de evitar fortes infecções virais é tomar a vacina da gripe, que é liberada para as gestantes. “Mas não se deve tomar outras injeções milagrosas quando o quadro já está instalado. A paciente acha que, por estar com gripe, pode ir à farmácia e tomar uma injeção sem indicação do médico. Isso não deve acontecer”, afirma. Medicamentos mais fortes são usados somente em último caso, quando a mulher não melhora com o tratamento tradicional.
O que é permitido?
A gripe de grávidas é tratada sintoma a sintoma. Para dores de cabeça, no corpo e febre, é preferível a indicação do paracetamol, que não age na pressão arterial e pode ser tomado por um período de tempo mais longo. A vitamina C é utilizada tanto na alimentação quanto em forma de cápsulas efervecentes – cerca de 1 grama por dia. “Ela não tem ação nenhuma sobre a gripe, mas melhora a imunidade da gestante”, explica Lizandra Marcondes.
Associar própolis ou mel ao tratamento é interessante, pois estas substâncias naturais atuam na imunidade local. Se a gestante está com dor de garganta, pode borrifar própolis para não ter infecção naquela região.
Mas, acima de qualquer coisa, é fundamental que, durante o pré-natal, a mulher mantenha contato freqüente com seu médico. “Ela deve ligar para ele, antes de qualquer coisa, e dizer se tem dores de cabeça, coriza, tosse seca”, explica Eduardo Souza.
Como tratar os resfriados?
Veja algumas maneiras seguras e naturais para aliviar os sintomas: • Mantenha uma dieta equilibrada, que inclua frutas, verduras e legumes, ótimas fontes naturais de vitaminas, minerais, carboidratos, proteínas e gordura.
• Tente fazer uma inalação só com soro fisiológico se seu nariz estiver entupido. Se não tiver um inalador, coloque água bem quente em uma bacia, acrescente duas ou três gotas de óleo de eucalipto ou de menta e, com uma toalha cobrindo a cabeça, aproxime o nariz da solução.
• Para dor de garganta e tosse, prepare um chá com mel e limão.
• Faça gargarejos com água e sal para ajudar nas infecções de garganta.
• Descanse o máximo que puder -- o sono ajuda o corpo a se restabelecer.
• Beba bastante líquido. Os chás são especialmente bons para dar sensação de alívio aos resfriados. Só tenha cuidado para escolher chás de ervas que não contenham cafeína.
• No caso de sinusite, experimente colocar duas gotas de óleo essencial de manjerona em um lenço e cheire-o com frequência.
• Não deixe de mencionar para seu médico se pretende usar remédios homeopáticos.
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